Andre Felipe Pontes Czarnobai, jornalista cultural formado pela Fabico/UFRGS, escritor, tradutor e consultor criativo. Este é o perfil de Cardoso, como é conhecido no setor cultural, que está lançando o livro “Cavernas & Concubinas” em São Paulo, pela editora DBA. O livro, lançado oficialmente durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), traz 41 narrativas curtas com a fusão de humor, poesia e grotesco com experimentalismos e metalinguagem. Em entrevista ao cultura e Mercado, ele falou do livro e de sua atuação em outras iniciativas, dentre elas o Overmundo, uma articulação nacional na web, programada para 2006.

Andre Felipe Pontes Czarnobai, jornalista cultural formado pela Fabico/UFRGS, escritor, tradutor e consultor criativo. Este é o perfil de Cardoso, como é conhecido no setor cultural, que está lançando o livro “Cavernas & Concubinas” em São Paulo, pela editora DBA. O livro, lançado oficialmente durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), traz 41 narrativas curtas com a fusão de humor, poesia e grotesco com experimentalismos e metalinguagem. Em entrevista ao cultura e Mercado, ele falou do livro e de sua atuação em outras iniciativas, dentre elas o Overmundo, uma articulação nacional na web, programada para 2006.

O Overmundo é um projeto de autoria de autoria de Hermano Vianna, Ronaldo Lemos, Alexandre Youssef e João Marcelo, com o objetivo de traçar um panorama completo dos movimentos e manifestações culturais no Brasil com uma rede de colaboradores centralizada, inicialmente, na figura de um jornalista cultural por estado, onde Cardoso foi contemplado como representante do Rio Grande do Sul. Além de ter a tarefa de escrever sobre a cultura de seu estado para um site na internet chamado Overmundo, o colaborador também tem a missão de angariar novos colaboradores, articulando e expandindo a rede de informações, tornando-a mais completa e profunda. “Já existe uma lista de discussão fechada bastante ativa na internet desde o começo do segundo semestre de 2005, mas o site só deve entrar no ar no começo de 2006. Esta é minha estimativa”, diz Cardoso, que se define como produtor e agente cultural, além de jornalista atuante.

“Desde muito cedo me envolvi com o desenho e a história em quadrinhos, tendo colaborado com diversos desenhistas e editado alguns fanzines. Mais tarde, já na faculdade de jornalismo,
comecei a viver de uma forma muito intensa a vida cultural de Porto Alegre. Conseqüentemente, passei a escrever sobre ela, de forma independente, na internet, em um fanzine chamado CardosOnline (www.cardosonline.com.br)”, lembra o jornalista, que ampliou suas experiências a partir daí, ” o COL começou a se popularizar e a angariar leitores de outros estados, formou-se uma troca muito rica de experiências, que ampliou de forma significativa o meu conhecimento do que acontecia (senão em todo) em grande parte do território nacional em termos de manifestações culturais”. Cardoso começou então, a colaborar com mídias culturais de todo o Brasil, além de definir uma grande rede de colaboradores, produtores e propagadores de cultura. Depois do CardosOnline, passou pelo portal Terra (então Zaz) a revista RockPress (música-SP) e a Aplauso (RS). Em julho de 2001, trabalhou pela Revista Eaí?, depois pelo ClicNessa, ClicRBS ,onde foi repórter durante alguns meses e editor por quase um ano, Radar, Play, ShowBizz (SP) e teve uma coluna literária na revista Type (RS), além de ter colaborado para a revista Trip e o Caderno de Cultura do jornal Zero Hora (RS), dentre outras.

Sua atuação em debates e discussões também passou a ser ativa, inclusive na Internet, são “mesas ou painéis onde se discute se o que se publica na rede pode ser ou não literatura, como aconteceu durante o Encontros de Interrogação, no Itaú Cultural, em São Paulo, em 2004”. Simultaneamente, Cardoso realiza palestras e seminários em universidades sobre jornalismo literário e gonzojornalismo. Limites, possibilidades, aplicações práticas. Entre as questões que defende nesses encontros é a conscientização do profissional jornalista cultural no mundo contemporâneo, que “precisa é se despir de preconceitos, o mal que assola esta editoria. E estar disposto a prestar atenção em tudo que acontece em termos de cultura, em vez de eleger preferidos e se propor a derrubar desafetos. O jornalista cultural de hoje precisa de informação. De reflexão. De ponderação. O resto é acessório”, sugere Cardoso.

Como escritor, teve alguns de seus contos incluídos em duas coletâneas este ano. “Dentro de um livro”, da Casa da Palavra e “Contos de Bolso”, da Casa Verde, além do lançamento de “Cavernas & Concubinas” na Flip. Desde 1998 desenvolve projetos como produtor musical, DJ e MC, “e tenho um projeto de música eletrônica com o meu irmão e um amigo, chamado Organizers” e como roteirista e diretor de um curta chamado “Cruel, Maldito e Macabro”. Atualmente, Cardoso presta consultoria criativa para empresas, fomentadores de cultura e agências de publicidade.

Maira Botelho


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *