Em duas semanas, o Festival do Rio exibiu 427 filmes, número recorde de filmes exibidos numa única edição, levando aos mais de 30 pontos de exibição cerca de 280 mil pessoas. Neste ano, além das salas, o público pôde conferir a volta do Cinema na Praia e sessões populares a céu aberto, que aconteceram em comunidades pacificadas da cidade, como Complexo do Alemão, Cidade de Deus e Vila Cruzeiro.
O Festival do Rio também chegou a São Paulo pela primeira vez, com exibições especiais da Retrospectiva John Carpenter e de documentários selecionados no CineSesc.
Mais de 450 convidados brasileiros e estrangeiros prestigiaram o evento, entre distribuidores, diretores, produtores, executivos, técnicos e roteiristas. Cerca de 30 correspondentes internacionais, de veículos como Variety, Hollywood Reporter, ABC, The Guardian, também passaram pelas salas de entrevistas e pelas salas de cinema.
Cerca de 8% dos filmes exibidos tiveram estreia mundial no Festival do Rio. Dos 427 filmes apresentados, apenas 98 chegaram ao festival em 35mm, os demais vieram em outos dez tipos diferentes de arquivos digitais. As 329 produções em formato digital foram exibidas em oito tipos distintos de projetores.
Já o Rio Market dobrou o número de convidados em relação à edição passada. Foram 32 seminários e seis workshops realizadas ao longo de 15 dias. O evento recebeu 260 convidados vindos de todas as partes do mundo e mais de mil profissionais da indústria do audiovisual. A expectativa é de que pelo menos 50 projetos novos sejam gerados após as reuniões que aconteceram no RioMarket.
Premiados – Em cerimônia realizada no Cine Odeon, na última quinta-feira (11/10), foram revelados os vencedores da mostra competitiva Première Brasil.
O grande vencedor da noite foi o longa de estreia do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, “O som ao redor”, que levou o troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem de Ficção. O filme, que apresenta fragmentos cotidianos de uma rua de Recife, levou também o prêmio de Melhor Roteiro.
O troféu de Melhor Longa-Metragem Documentário também foi para um diretor estreante, César Oiticica Filho, por “Hélio Oiticica”, filme sobre seu tio, repleto de imagens raras produzidas pelo próprio protagonista em VHS.
Mais uma estreante se destacou na cerimônia: “Disparos”, de Juliana Reis, foi o filme que recebeu o maior número de troféus, levando os prêmios de Melhor Montagem, Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante (Caco Ciocler).
O curta de animação “Realejo” garantiu ao diretor Marcus Vinicius Vasconcelos o troféu de Melhor Curta-Metragem.
Além das escolhas do Juri Oficial, composto pela produtora Lucy Barreto (presidente), pelo produtor e diretor Marcos Prado, pelo diretor Renato Falcão e por Rajendra Roy, diretor do departamento de cinema do MoMA, foram premiados os filmes escolhidos pelo Júri Popular. O público do Festival do Rio consagrou como Melhor Longa-Metragem de Ficção “A Busca”, de Luciano Moura, “Dossiê Jango”, de Paulo Henrique Fontenelle, como Melhor Longa-Metragem Documentário, e “Zefiro Explicito”, de Sergio Duran e Gabriela Temer, como Melhor Curta-Metragem.
Confira abaixo a lista completa de premiados no site do festival.
*Com informações dos sites da Ancine e do Festival do Rio