Entre os dias 15 e 16 de setembro, uma das maiores cidades do Extremo Sul Baiano foi palco da I Conferência e Fórum de Cultura do município.
Entre os dias 15 e 16 de setembro, uma das maiores cidades do Extremo Sul Baiano foi palco da I Conferência e Fórum de Cultura do município.
O encontro entre artistas, produtores, gestores culturais e a população da cidade, contou com a presença do secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles, e inúmeras apresentações artísticas, como capoeira, grupos de percussão, dança folclórica e expressões indígenas.
O evento teve como ponto central a discussão sobre a necessidade de um Centro Cultural na cidade, uma exigência histórica dos artistas locais. Ao final dos debates, o secretário recebeu um documento com as propostas que o município levará para o Encontro Territorial de Cultura do Extremo Sul que acontecerá em Porto Seguro, entre 29 e 30 de outubro, além de assistir a apresentação de uma maquete virtual do Centro de Cultura que a população da cidade deseja.
O secretário falou da necessidade de se potencializar os espaços já existentes, como os teatros das escolas públicas, e a importância dos encontros municipais, territoriais e estaduais para o aprofundamento das questões culturais da cidade. “Vamos refletir juntos, governo e sociedade, sobre o que precisa ser feito nos próximos anos para o desenvolvimento cultural de cada território, em cada município da Bahia”, afirmou Márcio Meirelles.
Reivindicações indígenas
Um dos destaques da Conferência foi a presença dos índios Pataxós, de Barra do Caê, região de Prado. Os índios apresentaram um dança típica, chamada “auê”, que significa cantiga, música, na língua Patxurã. “Estamos aqui para colocar as necessidades dos índios, que são muitas. Precisamos de projetos de desenvolvimento das comunidades indígenas, como a inclusão digital, através da internet, que nós chamamos de `arco digital`, fundamental para a troca de informação e o conhecimento dos nossos direitos”, afirmou o índio Rodrigo Pedro, o Mandim, em língua Pataxó. Os índios aproveitaram para reforçar suas reivindicações em relação à Secretaria Estadual de Educação, por conta de atrasos no pagamento dos professores indígenas, contratado pelo Governo para as escolas localizadas nas tribos.