Governo Federal quer integrar as ações de patrocínio das estatais. Representantes das empresas e dos ministérios da Cultura e dos Esportes discutem como será o fomento em 2003Por Sílvio Crespo
14/02/2003
O Governo Federal está estudando a possibilidade de integrar as ações de patrocínio desenvolvidas pelas empresas estatais. Desde que o Ministério da Cultura começou registrar sistematicamente os investimentos empresariais em cultura, as estatais têm sido as maiores fomentadoras do país. Os investimentos da Petrobrás em cultura, junto com as suas subsidiárias, chegaram a R$ 120 milhões, quase alcançando o orçamento do MinC para este ano, de R$ 129 milhões.
Ação coordenada
Como cada empresa tem a sua própria política de patrocínio, corre-se o risco de aparecerem duplicidades e de serem deixadas de lado algumas áreas culturais e regiões. O objetivo do governo é exercer uma ação coordenada das estatais, que até agora têm atuado isoladamente, explica ao jornal O Estado de São Paulo o chefe de gabinete da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica (Secom), Marcos Flora. Para isso, o governo planeja criar a Secretaria de Patrocínio, ligada à Secom.
Diversidade
Entre artistas e produtores culturais, a proposta de centralização é aprovada por alguns, e criticada por outros. O produtor de cinema Fábio Gullane disse à Folha de São Paulo que ?agora que o cinema brasileiro está funcionando, mexer no modelo pode atrapalhar?. Cada empresa ?tem seus critérios e por isso mais projetos distintos serão atendidos?, continua Gullane. Captação
Para captação de recursos, a Secretaria de Patrocínio pode facilitar. ?Hoje, temos que bater de porta em porta?, reclama Dílson de Barros Maciel, da ONG Moradia e Cidadania, segundo a Folha de São Paulo. ?Isso (a Secretaria de Patrocínio) facilitaria bastante?, conclui.
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