Prefeito do Rio e diretor do museu encontram-se para discutir contrato final da obra, orçada em US$ 120 mi. Para César Maia, “Guggenheim Carioca” coloca cidade como líder cultural do BrasilStatus cultural
Segundo matéria publicada no jornal mineiro Hoje em Dia, durante o encontro ocorrido no dia 13 de novembro entre o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e o diretor do Museu Guggenheim, Thomas Krens, em Nova Iorque, foi confirmada a construção da filial do Guggenheim na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, no Pier Mauá. O prefeito diz ao jornal que a obra, orçada em US$ 120 milhões, se justifica porque dará ao Rio o status de líder cultural do Brasil, e gerará retorno financeiro, sob a forma de turismo e investimento cultural.

Acertos finais
De acordo com o jornal, no dia 15 deste mês Maia recebeu das mãos de Thomas Krens cópias do esboço das partes do contrato final, que inclui os projetos de viabilidade, financeiro e geral. No final do mês, dando seqüência ao processo, o diretor do Museu irá ao Rio de Janeiro para acertar os últimos detalhes. O prefeito afirma que o “Guggenheim Carioca”, desenhado pelo arquiteto francês Jean Novel, autor do Guggenheim de Bilbao, na Espanha, está pronto para se tornar um grande símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil.

Ele planeja a inauguração para 2006, com uma primeira exposição clássica seguida de mostras de quadros modernos, conforme os mesmos passos da filial espanhola. O prefeito comentou também sobre a criação de um método de divulgação para professores de escolas primárias e secundárias, para que incentivem os alunos a conhecerem mais sobre a arte, visitando o museu e fazendo trabalhos de pesquisa sobre as exposições.

O museu no Rio
A história da criação do Guggenheim no Rio de Janeiro teve início no começo deste ano, quando havia sido firmado um “termo de compromisso” para estudar a viabilidade de uma filial no Rio, ao custo de US$ 2 milhões. Em março, Thomas Krens, Jean Novel e o diretor do Guggenheim de Bilbao, Juan Ignacio Vidarte, vieram ao Brasil. Na época, Krens disse que, para que o museu desse certo, o público deveria ficar entre 300 mil e um milhão de visitantes anuais.

O alto valor da obra (US$ 120 milhões) não foi empecilho, conforme explicação do prefeito carioca. Ele diz que o dinheiro já está no orçamento municipal, caso a iniciativa privada não cubra. E esclarece que “para trazer o Guggenheim para o Rio, estamos sendo ousados além do que recomenda a prudência”. O museu é apontado como principal projeto ao início da revitalização da zona portuária – área com mais de cinco bairros, que entrou em decadência quando os contêineres substituiram os grandes armazens de estocagem. Na região, funcionam um teatro e a escola de dança DeAnima, ambos patrocinados pela prefeitura.

Copyright 2002. Cultura e Mercado. Todos os direitos reservados.


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *