Documento pedindo a vinculação da Ancine ao Ministério do Desenvolvimento foi encaminhado também a Gilberto Gil, Luiz Fernando Furlan e José Dirceu; impasse permanece Por Sílvio Crespo
17/06/2003

O Congresso Brasileiro de Cinema, entidade que reúne 43 instituições no setor audiovisual, encaminhou nesta segunda-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta pedindo a vinculação da Ancine (Agência Nacional do Cinema) ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), comandado por Luiz Fernando Furlan. Além de Lula, o documento foi dirigido também a José Dirceu (Casa Civil), Gilberto Gil (Cultura) e Furlan. Com isso, o CBC formaliza a idéia que já vinha sendo defendida publicamente por sua presidente, Assunção Hernandes.

No Desenvolvimento
Desde fevereiro, o destino da Ancine nunca deixou de ser uma polêmica, como Cultura e Mercado vem noticiando, e o consenso entre os cineastas e produtores, quando ocorreu, foi provisório. A vinculação da Agência à pasta do Desenvolvimento foi decidida ?por consenso de toda classe em Assembléia Geral?, segundo a carta, assinada por Assunção Hernandes. A Assembléia, da qual participaram as entidades que compõem o CBC, foi realizada em 12 de fevereiro. As entidades consideravam, ao menos até então, o ministério de Furlan mais preparado tecnicamente para desenvolver uma política industrial para o setor audiovisual.

Na Cultura
Dias depois, quando foi anunciado o projeto de reestruturação do Ministério da Cultura, parte dos profissionais do setor passou a defender a vinculação da Ancine a este ministério, que estaria se preparando para conduzir uma política audiovisual industrial. Em 3 de abril, cineastas e produtores se reuniram em Brasília com o ministro Gilberto Gil e foi decidido atrelar a Agência à pasta da Cultura. Na época Assunção Hernandes afirmou que acatou a proposta apenas para que o impasse não se prolongasse ainda mais.

Indefinição
Na semana passada, o Ministério da Cultura reiterou o manifesto interesse em abrigar a Ancine. Na última quarta-feira, os ministros Gilberto Gil, Luiz Fernando Furlan e o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, reuniram-se para discutir o destino da Agência. Dirceu levará ao presidente Lula os argumentos levantados.

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