BR Distribuidora reduzirá investimento em projetos culturais de R$ 38,6 mi para R$ 18 mi em 2003; ministro Gushiken diz que empresa precisa rever critérios de incentivo à cultura11/06/2003

Corte na Cultura
Matéria divulgada hoje na Folha de S. Paulo, anunciou maus ventos para a área da cultura. Segundo o jornal, a BR Distribuidora, uma das principais patrocinadoras culturais do Brasil, deverá cortar pela metade o investimento em 70 projetos selecionados pela administração da estatal no governo de Fernando Henrique Cardoso.

A informação veio de um relatório interno da BR obtido pela Folha que revela a programação para 2003 de um gasto de R$ 38,6 milhões na área cultural. Desse valor, de acordo com o jornal, 80% (R$ 31 milhões) iriam para o cinema e os 20% restantes se dividiriam entre artes cênicas, visuais, música e outros.

Auto-exame
O objetivo de distribuidora, segundo depoimento dado À Folha, é reduzir a verba de R$ 38,6 milhões previstos para R$ 18 milhões, fazendo uma economia de R$ 20,6 milhões. Os ajustes, sempre de acordo com o jornal, fazem parte de determinação do ministro da Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, que avalia que a BR tem exagerado no patrocínio direto (sem dedução na Receita Federal através das leis de renúncia fiscal) e que precisa rever critérios de incentivo à cultura.

Prejuízo
Os cortes irão prejudicar principalmente a edição 2003 do Festival do Rio BR, mostra internacional de cinema, e filmes, como “A Taça do Mundo É Nossa” (do Casseta & Planeta) e “Cazuza”, de Sandra Werneck e Walter Carvalho. Segundo a Folha, outros 137 projetos aprovados na gestão anterior deverão receber o patrocínio nos valores integrais por já estarem formalizado os contrato com a empresa.

Copyright 2003. Cultura e Mercado. Todos os direitos reservados.


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *