Encontro acontecerá somente em novembro, mas o cenário de seu lançamento neste 28 de agosto já demonstra o desejo de convergências para o fortalecimento das políticas públicas de cultura.

Minas Gerais recebe oficialmente a TEIA 2007. O lançamento do maior encontro da diversidade acontece no dia 28 de agosto, no Foyer do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O encontro dos Pontos de Cultura do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – Cultura Viva do Ministério da Cultura (MinC) acontecerá somente em novembro e, desde já, o cenário que o aguarda demonstra o desejo de convergências para o fortalecimento das políticas públicas de cultura.

Segundo Célio Turino, Secretário de Programas e Projetos Culturais do MinC, pasta responsável pela articulação do Cultura Viva, a escolha recaiu sobre Belo Horizonte justamente “pelo processo de integração que ocorre na capital mineira, algo absolutamente suprapartidário – o governo do estado de um partido, prefeitura de outro. Há um campo de profunda convergência, o que é muito bom, porque esta é a filosofia do Programa: buscar e estabelecer essas convergências”. Ele garante que o lançamento que o ministro Gilberto Gil fará no dia 28 será a apresentação pública desta forma de estabelecer o diálogo entre o governo federal e a sociedade no campo cultural.

Eleonora Santa Rosa, secretária de Cultura do estado de Minas Gerais, saúda a realização do encontro em seu estado lembrando que “o Cultura Viva é um dos programas mais importantes de uma gestão que apresentou vários ganhos, várias vitórias. Mas este projeto específico, o dos Pontos de Cultura precisa ser louvado e referendado como uma grande iniciativa de descentralização da política pública de cultura, de potencialização de recursos e de democratização de acesso, e mostrou-se capaz de criar outra maneira de outros interlocutores se fazerem presentes, de se sentirem não só fruidores de cultura, mas também produtores de cultura”.

A secretária estadual ainda lembra que o Estado de Minas não será apenas o anfitrião do evento. “Estamos profundamente interessados nas discussões, nos fóruns, no que se deriva. Eu preferiria dizer como nós vamos acompanhar com muito interesse tudo o que emergirá do confronto, do conflito, da convergência, da discussão, do debate”.

Maria Antonieta Antunes Cunha, presidente da Fundação Municipal de Cultura, de Belo Horizonte, também julga que “há praticamente uma unanimidade na nossa área de que o grande programa desta gestão do Ministério da Cultura é o Cultura Viva. A efetiva valorização das culturas locais, em todo o Brasil, é feito memorável. A TEIA é a possibilidade de (re)conhecimento dessas múltiplas manifestações, em diálogo e intercâmbio, num encontro sem precedentes, que reúne em Belo Horizonte mais de 5 mil artistas, produtores, intelectuais dos mais diferentes pontos do Brasil, das mais diversas tendências. A palavra TEIA é mesmo a metáfora mais apropriada para o significado dessa oportunidade de imbricamento de pensamentos, criações e ações”.

Maria Antonieta, que também compõe o quadro da Comissão Autônoma de Seleção da Mostra Arte Viva, garante que a Prefeitura de Belo Horizonte não só apóia, como já pôs à disposição do evento equipes de trabalho, espaços e seu melhor esforço para viabilizá-lo, com o brilho que ele merece. “Num momento tão importante da cultura, que é também da educação e da economia, é de se esperar que o mundo empresarial junte-se à sociedade e ao poder público para apoiar e pôr sua marca nesta TEIA”, conclui.

Bento Andreato, presidente do Instituto Pesarte, Ponto de Cultura responsável pela articulação da sociedade civil para o desenvolvimento da metodologia e da produção da TEIA 2007, lembra que “a escolha de Belo Horizonte levou em conta fundamentalmente a grande concentração de equipamentos culturais reunidos em uma pequena área central. O Parque Municipal e seus entornos próximos oferecem toda a estrutura física necessária para a realização deste evento que tem proporções complexas. Além disso, a capital mineira ofereceu um bom número de opções de empresas especializadas na produção deste tipo de evento, o que permitiu a formação de uma rede de cooperadores muito profissional e eficiente que participou intensamente do planejamento e, agora, todos estão mergulhados na produção”.

Os gestores culturais mineiros, cooperados na produção do evento que ocupará Belo Horizonte entre 7 e 11 de novembro, também recebem a TEIA Tudo de Todos celebrando a convergência que já era marca do processo desde a primeira fase de planejamento e início da produção. “Cada cooperador teve a liberdade de pensar a sua ação dentro da TEIA. No nosso caso, pudemos conceber o Seminário Saberes Vivos em cooperação plena com pontos de cultura, como o Instituto Pensarte, outras várias instituições e, principalmente, com as universidades, a Federal e a PUC de Minas, além da Secretaria Estadual de Cultura”, pontua Marcela de Queiroz Bertelli, da Duo Informação e Cultura, empresa da cooperativa de produtores responsável pela realização do Seminário Saberes Vivos e do Laboratório de Práxis Educacionais.

Às vésperas do lançamento oficial da TEIA 2007, durante os dias 26 e 27, estarão reunidos em Belo Horizonte cerca de 70 representantes de Pontos de Cultura do Brasil escolhidos em plenárias estaduais. Eles ajudarão a definir a pauta da TEIA, representando um passo adiante no processo de empoderamento, que é um dos princípios básicos da construção do Programa Cultura Viva. “A nossa intenção é passar cada vez mais a gestão da TEIA para os próprios Pontos de Cultura, tanto que, nessa Plenária, pretendemos que seja indicada, pelos próprios Pontos, a entidade que será a proponente, a âncora, na realização da TEIA 2008, que se rematerializará em Brasília, no segundo semestre do ano que vem”, já adianta o secretário Célio Turino.

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Eduardo Carvalho


editor

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