Câmara Brasileira do Livro levou a Brasília propostas para as áreas de educação e cultura. Direito autoral e atuação do MinC no mercado editorial foram alguns dos temasA Câmara Brasileira do Livro tem se reunido com a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com o propósito de levar propostas para áreas de educação e cultura para o governo federal. A CBL já falou com o professor Newton Lima Neto, coordenador da transição na Educação, e com a equipe de transição na Cultura, Márcio Meira, Hamilton Pereira e Antonio Grassi.
Cultura e educação
De acordo com a CBL, Newton Lima, ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos e hoje prefeito da cidade, assinalou a importância da coordenação das atividades da educação e cultura e o desenvolvimento de programas de bibliotecas nas escolas que sejam também abertas à comunidade.
Em relação à cultura, a CBL afirmou que os coordenadores da equipe de transição assumiram a missão de apontar os caminhos para que o Ministério da Cultura recupere sua capacidade operacional. Essa capacidade, que segundo a CBL já era reduzida pelos percalços na história do ministério, foi quase anulada nos últimos anos pela ênfase excessiva nos benefícios fiscais como caminho de atuação do MinC.
Direito autoral
A questão da cópia de livros didáticos nas universidades também entrará na pauta de problemas a serem enfrentados pelo governo federal, segundo a CBL. A prática, bastante comum, viola o direito dos autores e das editoras. A solução, desenhada a partir da experiência de Newton Lima na Ufscar, é a do reforço das bibliotecas universitárias, nas quais os alunos possam ter acesso ao livro.
Na última reunião, a CBL chamou atenção para os problemas organizacionais do ministério. De acordo com a Câmara, o Departamento do Livro e o Proler (programa de estímulo à leitura), abrigados na Biblioteca Nacional, não têm condições de funcionarem adequadamente. O ponto central da conversa foi a necessidade de políticas claras para o livro e a leitura, coordenadas entre vários ministérios, assim como o encaminhamento da Lei do Livro, atualizando o anteprojeto da Câmara Setorial, que foi engavetado pela equipe do Ministro Weffort há mais de sete anos.
Segundo a CBL, as reuniões mostraram boa vontade do governo federal em dialogar com o setor editorial. Além disso, a entidade informou que o futuro governo pretende dar continuidade aos programas atuais do Ministério da Educação e começar a utilizar o MinC para dar ?um impulso muito forte para o livro?.
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