Presidente do Banco do Nordeste propõe a criação de um programa de financiamento à cultura nordestina, como o Prodetur/NE, voltado para o turismo, e o Fundo cultural22/07/2003

Cultura do Nordeste
Os secretários de cultura dos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Alagoas e Sergipe estiveram reunidos no dia 21, em Fortaleza, com o presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, e a representante do Ministério da Cultura, Taciana Portela, para discutir linhas de financiamento e políticas de desenvolvimento para o setor. O evento fez parte do I Encontro dos Secretários de Cultura do Nordeste, que pretende formalizar a proposta da Região para o primeiro encontro nacional dessa categoria, que será em agosto, em Foz do Iguaçu.

Em relação à criação do Programa de Desenvolvimento da Cultura do Nordeste, Prodecult/NE, a secretária de Cultura do Ceará, Cláudia Leitão, disse que já estão sendo mantidos contatos com técnicos da Secretaria de Turismo do Estado, sobre o processo de formatação do Prodetur/NE. Na abertura do evento, Roberto Smith, presidente do BNB, disse que ?o banco, envolvido com o Governo Federal no Programa Fome Zero, tem a percepção de que a fome também é de cultura”.

Pelo Ministério da Cultura, Taciana Portela afirmou que a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vai fortalecer a área. Taciana anunciou também uma videoconferência com o apoio do Sebrae e Banco do Nordeste, a ser realizada no próximo dia 29, mobilizando todos os Estados do Nordeste para discutir as leis de incentivo fiscal para cultura e demais estratégias para o segmento.

Roberto Smith disse que o BNB, em relação às políticas culturais, pretende fortalecer o apoio na região Semi-Árida, já que os projetos culturais são centrados nas sedes dos Estados. “O Nordeste é mal compreendido e cabe a nós afirmarmos o que é o Nordeste”, analisou.

FNE Cultural e microcrédito
Além do incentivo à formação de bibliotecas e do mapeamento de onde esses movimentos já existem, o Banco está trabalhando com a possibilidade de emprestar crédito isolado para equipamento através do FNE Cultural, Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste. De acordo com Smith, por ano, há um aporte de R$ 1,7 bilhão para projetos do FNE, e que, por conta da não aplicação integral desses valores, para este ano há um montante acumulado de cerca de R$ 3 bilhões. Outros instrumentos passíveis de direcionamento para a cultura são as ações do BNB no microcrédito.

Prodecult/NE
No caso de uma ação maior de financiamento cultural, Smith propôs a montagem de um programa que considerou ambicioso, a exemplo do Prodetur/NE, igualmente com o apoio do BID e Banco Mundial, a que deu o nome de Prodecult/NE. Segundo o presidente do BNB, com o Prodecult/NE haveria linhas de financiamento para recuperação e preservação do patrimônio histórico.


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