Duas empresas brasileiras são condenadas a pagar a maior indenização da América do Sul por pirataria. Polícia identificou cerca de 150 mil CDs piratas de artistas famosos A justiça brasileira condenou duas fábricas de CDs a pagarem mais de R$3 milhões (US$1milhão) a título de indenização. A quantia, segundo a IFPI (Federação Internacional da Propriedade Intelectual) é a maior condenação já aplicada na América do Sul.
Há três anos
A Novodisc Brasil fabricou stampers piratas (discos metálicos utilizados na fabricação de CDs) que foram mais tarde também utilizados pela empresa Trace Disc, para duplicar milhares de CDs piratas contendo músicas de famosos artistas internacionais. A justiça de São Paulo proferiu a sentença na semana passada, após uma investigação de três anos, conduzida pela polícia e por equipes antipirataria da indústria fonográfica.
150 mil CDs
A polícia de Guarulhos, de acordo com a IFPI, descobriu maciça violação de direito autoral em outubro de 1999. As investigações demonstraram que a Trace Disc produziu aproximadamente 150 mil CDs piratas a partir dos stampers da Novodisc, incluindo músicas de artistas famosos tais como Donna Summer, The Mamas & The Papas, The Platters, Rod Stewart, Trini Lopez, The Bees Gees, Jimmy Hendrix e Tony Bennett.
O Conselheiro Geral Adjunto da IFPI, Geoff Taylor, é rigoroso com os piratas: ?as fábricas de CDs precisam compreender que terão de pagar um preço extremamente alto quando processam pedidos piratas provenientes de terceiros?. ?A IFPI está aumentando as suas atividades contra a pirataria na região e processará todo aquele que estiver envolvido em atividades piratas com todo o rigor da lei”, promete Taylor.
O mercado brasileiro de música caiu do 6º para o 12º lugar na lista dos maiores mercados no mundo nos últimos cinco anos, contabilizando um movimento de R$ 998 milhões em 2001, segundo a ABPD (Associação Brasileira do Produtores de Discos). As gravações piratas, de acordo com a Associação, representam mais da metade de todas as unidades vendidas.
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