Festival de Cinema de Brasília aposta na exportação

Mais de 200 produções nacionais serão expostas a empresários da América e Europa no 1º Mercado do Filme Brasileiro; filmes exibidos no Festival terão legendas em inglêsPor Sílvio Crespo
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17/11/2003

A 36ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que se inicia nesta terça (18) e vai até o dia 25 de novembro, deve se tornar uma vitrine para os filmes nacionais. O evento terá como novidade o 1º Mercado do Filme Brasileiro, entre os dias 19 e 24 deste mês, em que mais 200 produções do país (pelo menos 60 longas-metragens, 60 documentários e 80 curtas) serão expostas a empresas estrangeiras potencialmente interessadas em levá-las a percorrer o mundo.
BParticiparão do Mercado não apenas distribuidoras de filmes, mas também outras companhias interessadas, como a American Airlines e a Air France, que eventualmente exibe, filmes nacionais aos passageiros. Este ano, a empresa francesa já comprou 12 obras brasileiras; a Americana, seis. No total, 28 empresas da América Latina, América do Norte e Europa estarão em Brasília para o evento.

“O Mercado será um espaço para que produtores e investidores internacionais conheçam os filmes que estão sendo produzidos no Brasil”, diz o secretário de Cultura do Distrito Federal, Pedro Borio. Para facilitar o comércio, os filmes exibidos no festival terão legendas em inglês. “Os produtores poderão entender o que assistem e ainda entender o motivo da vibração do público”, explica Borio.

Quem organiza o mercado é o Grupo Novo de Cinema e TV, única empresa brasileira que exporta produções cinematográficas nacionais, a Brazilian Cinema Promotion, entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover obras cinematográficas brasileiras no exterior, a Apex (Agência Brasileira de Exportações) e o Festival de Brasília.

Os organizadores esperam que 70 mil pessoas passem pelo Festival, seja para assistir aos filmes ou aos seminários e debates. O evento tem um orçamento de R$ 1,8 milhão, do qual 60% foram garantidos por meio de patrocínio do Banco regional de Brasília, Terracap e Kodak.

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