Durante Fórum de Investidores Privados em Cultura, realizado ontem em São Paulo, fundações, instituições culturais, indústria, empresas e governo federal divulgaram dados fundamentais na avaliação da economia da cultura no País.
Durante Fórum de Investidores Privados em Cultura, realizado ontem, dia 24 de abril, em São Paulo, fundações, instituições culturais, indústria, empresas e governo federal divulgaram dados fundamentais na avaliação da economia da cultura no País. Além da lista dos maiores investidores privados em cultura no Brasil, as instituições apresentaram pesquisas que ajudam a compor um painel do setor.
Atualmente apenas cinco Estados brasileiros não possuem legislação de incentivo à cultura: Alagoas, Maranhão, Amazonas, Roraima e Rondônia, segundo dados do Sesi (Serviço Social da Indústria). Baseada em dados do ano de 2004, a pesquisa mostra ainda que governos estaduais destinaram R$ 846 milhões e os governos municipais destinaram R$ 314 milhões no setor cultural, e que o Estado que mais investe em cultura é São Paulo, seguido por Paraná e Rio de Janeiro.
O Sesi anunciou que seu investimento em 2006 foi de R$ 45 milhões e que pretende investir R$ 65 milhões este ano. O ministro Gilberto Gil anunciou que os investimentos federais em cultura em 2007 devem chegar perto de R$ 1,5 bilhão, considerando-se aí os valores das leis de incentivo, investimentos diretos e programas de cooperação, como o Monumenta (em acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Durante o encontro, o ministro Gilberto Gil ressaltou a necessidade de a iniciativa privada investir com mais ênfase na área, salientando que é necessário “compartilhar riscos”. Segundo o ministério da Cultura, o setor cultural no país reúne 290 mil empresas e movimenta cerca de R$ 17,8 bilhões por ano.
O Fórum de Investidores Privados em Cultura foi organizado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), entidade que reúne 101 instituições em todo o Brasil. Sete entre os 10 maiores investidores privados em cultura no País integram o Gife (Bradesco, Banestado, Itaú, Gerdau, Unibanco, Banco do Brasil e Vale do Rio Doce).
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