Conselho da Fundação volta atrás e vota pela expulsão do ex-banqueiro, preso desde maioNo último dia 25, o Conselho Deliberativo da Fundação Bienal de São Paulo excluiu de sua composição o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, preso desde maio sob a acusação de gestão fraudulenta e formação de quadrilha no Banco Santos.

O Conselho é formado por 60 pessoas, das quais 30 participaram da decisão que levou à exclusão. Segundo a Folha Online, o único voto a favor de Edemar foi do editor Pedro Paulo Senna Madureira. Os conselheiros Julio Landmann e Arnold Wald Filho abstiveram de votar.

Em junho, o mesmo Conselho havia decidido pela permanência do ex-banqueiro, mas o artista plástico Cildo Meirelles, que participaria da próxima edição da Bienal, em outubro, resolveu cancelar sua participação, indignado com a decisão. Outros artistas ameaçaram fazer o mesmo, trazendo a necessidade de revisão da votação.

Na época, Meirelles afirmou ao jornal Folha de S. Paulo: “É desmoralizante, mediocrizante, para a Bienal compactuar com esse gangsterismo. Ridículo imaginar alguém de dentro da prisão tomando parte nas decisões de uma instituição tão importante”. Já o presidente da Fundação Bienal, Manoel Pires da Costa, declarou que o Conselho não queria fazer pré-julgamentos, já que Edemar ainda não foi julgado pela Justiça.


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