Ator se recusou a devolver R$30 milhões cobrados pela Ancine pela não conclusão de seu longa-metragem de estréia na direção

O caso do filme “Chatô”, dirigido por Guilherme Fontes teve nos últimos dias novas complicações.

Biografia do empresário Assis Chateaubriand, o filme teve sua produção iniciada e não finalizada por Fontes dentro do período previsto. As últimas filmagens ocorreram em 2002, e faltaria apenas a finalização. 

O caso criou bastante polêmica há alguns anos, tomando de assalto a mídia e gerando críticas de parte do setor cultural à falta de critérios do Minc de autorizar um cineasta sem experiência a captar uma verba tão alta (R$12 milhões) pelas leis Rouanet e do Audiovisual. Na mesma época, o filme “O Guarani”, de Norma Benguell, enfrentou acusações de irregularidades na prestação de conta, criando um período em que muitas empresas patrocinadoras frearam seus investimentos no audiovisual.

Em 2001, o TCU (Tribunal de Contas da União) analisou a prestação de contas parcial do projeto e concluiu que não houve desvios no uso do dinheiro. Mas em dezembro passado, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) deu 30 dias de prazo para que Fontes devolvesse R$30 milhões, referentes à compensação pelo dinheiro público gasto na produção, e apresentasse o filme finalizado.

Fontes afirmou no final de janeiro que a cobrança é indevida e que não pagará o valor, pedindo uma nova prorrogação no prazo de captação, que o Minc vem negando há algum tempo.


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