O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desenvolve estudo para medir o valor econômico da cultura brasileira.
A Cultura, além de sua importância inerente, tem um papel social e econômico cada vez maior, gerando emprego e renda para um grande contingente de trabalhadores, em todas as regiões brasileiras. É isso que mostram os números que serão revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, dia 29 de novembro, às 10h, por meio da publicação Sistema de Informações e Indicadores Culturais.
O anúncio contará com as presenças dos ministros da Cultura, Gilberto Gil, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo. A solenidade será realizada no auditório da Unidade do IBGE, localizado na Av. da República do Chile, nº 500, 2º andar, Centro, Rio de Janeiro.
A publicação reúne estatísticas e base de dados, abragendo o setor nas suas especificidades e na sua totalidade. Originou-se de um convênio entre o Ministério da Cultura (MinC) e o IBGE, e tem como propósito evidenciar a oferta de bens e serviços culturais, os gastos das famílias e os gastos públicos com cultura, além de mostrar o perfil socioeconômico da mão-de-obra empregada em atividades culturais.
O secretário executivo do MinC, Juca Ferreira, e o secretário de Políticas Culturais, Alfredo Manevy, também participam do lançamento do Sistema de Informações e Indicadores Culturais.
Durante a Conferência Economia Criativa realizada no Fórum Cultural Mundial, no Rio de Janeiro, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, ressaltou que “os indicadores culturais têm naturalmente uma origem objetiva e de leitura econômica da experiência social, mas boa parte dos nossos ativos culturais é imaterial, de difícil mapeamento e mensuração”. Segundo Gil, as festas populares e a produção musical são dois exemplos da dificuldade de se medir a diversidade cultura brasileira.
“Tempo livre é produção e reprodução, tempo livre é bioeconomia”, frisou Gil. O ministro afirmou, ainda, que o IBGE mapeou o sistema de consumo cultural no país e enfatizou que o papel da cultura na economia atual e na forma de gerar empregos de suas instituições deve se traduzir por uma linguagem de planejamento baseada em números, em evidências e estatísticas.
O ministro destacou ainda, a importância de se aprofundar os trabalhos sobre a economia criativa. “No momento atual em que o país volta a falar em desenvolvimento com essa vontade toda de crescer, é importante consideramos a questão do desenvolvimento do ponto-de-vista de que ele é feito não apenas de cifras, mas de humanidades”. Essa observação dá destaque à economia cultural, observou Gil. “Toda produção plena é uma produção cultural”, completou.