A Câmara examina o Projeto de Lei 7320/10, do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), que proíbe, em computadores de uso público, como em lan houses, jogos com cenas de nudez, sexo, pedofilia, violência ou apologia a crimes. A proposta também proíbe a produção, importação, comercialização e locação desse tipo de jogo para uso não residencial.

No caso de descumprimento da lei, a proposta prevê pena de detenção de seis meses a um ano ou multa de 3 a 20 salários mínimos. Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

O autor argumenta que os videogames violentos podem estar formando uma geração de pessoas “insensíveis ao sofrimento”. “Esses objetos, ao serem consumidos compulsivamente e apenas para gerar lucros, podem estar produzindo assassinos inconscientes e influenciando de forma negativa o caráter, a não-religiosidade e a formação moral dos jovens”, afirma.

Tramitação
A matéria tramita em conjunto com o PL 4361/04, que regulamenta o funcionamento das lan houses no País e está sendo analisado por uma comissão especial da Câmara.


contributor

Jornalista e colaborador de Cultura e Mercado.

1Comentário

  • Matheus Boni Bittencourt, 25 de outubro de 2010 @ 11:35 Reply

    Conheço muitas pessoas que jogam videogames violentíssimos, mas que não poderiam ser qualificadas de "assassinos inconscientes", e nem de insensíveis ao sofrimento REAL dos outros, embora certamente sejam "não-religiosas". Não digo que o videogame não tenha efeitos negativos (talvez por estimular o individualismo e tirar o tempo dedicado a estudos e lazeres mais saudáveis), mas dizer que alguém vai matar outra pessoa por causa deles é absurdo, como é absurdo o falso e hipócrita moralismo do legislador.
    É impressionante que se preocupem com este tipo de bobagem e não regulamentem a TV brasileira, inclusive com a aplicação da lei antimonopólio e coisas do gênero.

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