Secretário da Música e Artes Cênicas, o ator Sérgio Mamberti, diz que ano será de arrumação da casa para aprimorar projetos antigos. Música poderá ficar com Hermano Vianna27/01/2003

Arrumação
Secretário de Música e Artes Cênicas do governo Lula desde o início do mês, Sérgio Mamberti afirma, em entrevista ao O Globo, que “a temporada é de arrumação da casa”, sem jogar nada fora. “Estamos tomando pé da situação, porque a idéia não é descartar os projetos que já existiam na antiga gestão da Secretaria de Música e Artes Cênicas, mas sim aprimorá-los. É o ano de arrumar a casa para que em 2004 todas as políticas para a cultura já estejam fluindo”, diz.

Divisão
De acordo com o jornal carioca, a equipe de cultura comandada por Gilberto Gil já está preparando, para o próximo mês, um encontro de planejamento estratégico para que as propostas se concretizem. “Estamos percebendo que há muitas áreas de sombreamento dentro do ministério, como minha secretaria e a Funarte, que cuidam simultaneamente de artes cênicas e música. Nossa proposta é juntar forças para evitar perder tempo e verba”, comenta. O ator informa que sua secretaria poderá ser dividida e que o nome cotado para assumir o lado da música seria Hermano Vianna.

Fóruns
De concreto, Mamberti tem como meta começar a realizar fóruns de discussões, no mais tardar em maio, com os profissionais de todas as suas áreas de ação, entre eles pessoas ligadas à música clássica, que volta e meia se queixam da falta de espaço para discutir. “Os fóruns serão o início do trabalho com cada uma das áreas, mas recomendo que os grupos comecem a se organizar, porque, no caso da área dos clássicos, sinto que eles ainda não conseguiram ter uma união para exprimir com clareza as suas propostas, diz. “O oposto deles é a dança, que nos últimos anos descobriu o poder da organização e com isso conquistou uma política cada vez mais sólida”.

Lei Rouanet
Outro encontro defendido como prioridade pelo secretário é o fórum em torno das futuras mudanças na Lei Rouanet. Segundo disse ao jornal, as alterações mais significativas, no entanto, ainda devem demorar mais um pouco para acontecer. “Estou encomendando um estudo sobre o ciclo produtivo da cultura para entender melhor onde estão os nós. Eu não sou contra a lei de incentivo à cultura e nem acho que devemos dispensá-la, porém precisamos de outras alternativas como o Fundo de Cultura. A idéia do fórum de discussão é descobrir novas medidas que consigam democratizar mais os recursos disponíveis, inclusive aqueles que vêm de empresas públicas e privadas”.

No início, Mamberti estava ente os que não concordaram com a indicação de Gil para o ministério. “Houve um estranhamento porque soubemos do convite pelos jornais. Não foi simples, mas agora o resultado tem sido muito bom porque as equipes conseguiram se integrar”.

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