Com a chegada da Amazon, Google, Apple e Kobo no mercado de livros brasileiro, ainda fica a dúvida se, no país que tem índices de leitura tão baixos, os livros digitais vão pegar.

“O brasileiro em geral lê pouco. Mas a gente pode atingir um novo público atraído pelo digital”, disse ao caderno Link, do jornal O Estado de S. Paulo, o responsável pelos negócios digitais da Companhia das Letras, Fabio Uehara. “Se não tem tantas livrarias quanto se deveria, agora com um ponto de internet e um tablet ou e-reader é possível comprar qualquer livro, e tanto faz se estou em São Paulo ou no Oiapoque.”

As livrarias estrangeiras levaram mais tempo para chegar do que o planejado e chegaram com preços não tão baixos quanto o esperado. Boa parte da responsabilidade é das editoras, que bateram o pé para o preço não ser menor do que 70% do valor do livro físico e demoraram para aprender a converter seu catálogo da forma correta.

“Acho que as editoras brasileiras foram muito espertas ao negociar com esses players internacionais”, diz Edward Nawotka, editor do site Publishing Perspectives, especializado no setor. “Elas conseguiram obter contratos de vendas realmente decentes da Amazon. Problemas podem surgir se a Amazon adquirir muita fatia de mercado, então eles passarão a exercer pressão sobre as editoras por acordos melhores para eles, como aconteceu nos Estados Unidos.”

Em uma carta aberta, a Associação Nacional das Livrarias defendeu que lançamentos demorem 120 dias para chegar ao digital. “É bom que o livro digital venha, mas é importante que as livrarias sobrevivam”, diz o vice-presidente da ANL, Augusto Kater.

A medida, para a presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sônia Machado Jardim, só incentivaria mais a pirataria que, para ela, é o “maior inimigo”. “Se o livro que estiver bombando não estiver no digital, as pessoas vão escanear e lerão do mesmo jeito.”

Há quem aposte no fracasso dos e-readers (que tiveram suas vendas reduzidas em 75% entre o fim de 2011 e o início de 2012) diante dos tablets. Além de serem multifuncionais, os aparelhos estão ficando mais baratos.

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*Com informações do Link (Estadão.com)


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