A Reinvenção do Centro de São Paulo para gerar novas oportunidades de negócios na área cultural foi o tema de mesa redonda na sede do SEBRAE-SP. Projetos de reformas incluem investimentos no setor cultural.A Reinvenção do Centro de São Paulo para gerar novas oportunidades de negócios na área cultural foi o tema de mesa redonda na sede do SEBRAE-SP. Projetos de reformas incluem investimentos no setor cultural.

O Núcleo de Cultura, do SEBRAE-SP, tem promovido passeios pelo Centro da cidade para apresentar os espaços que carecem de reformas ou que estão desocupados aguardando por um bom projeto para sua ocupação. “Estamos motivando os agentes culturais a se deslocar para o Centro para observar as oportunidades de negócios que estão esperando para serem descobertas e exploradas”, comentou o coordenador estadual do Núcleo de Cultura do SEBRAE-SP, Ary Scapin, presente no evento juntamente com a administradora regional da Sé, Clara Ant, e o assessor especial da Secretaria Estadual de Cultura, Cláudio Damasceno, entre outros convidados.

Segundo o diretor-superintendente do SEBRAE-SP, Fernando Leça, a Associação Viva o Centro “é uma entidade que soube colocar em prática suas ações recuperando o Centro como uma prioridade para a cidade. É nessas pessoas que temos de nos inspirar”.

Clara Ant explicou que evita usar o termo “revitalização”, já que circulam diariamente pelo Centro da cidade cerca de 2 milhões de pessoas. “A revitalização é usada para cidades mortas e o Centro é muito vivo e dinâmico devido ao comércio e prédios. O que estamos tentando fazer é devolver à cidade sua identidade cultural. A cidade precisa voltar a ser um lugar de lazer e não só de trabalho, porque tem toda a infra-estrutura necessária para isso.”

Cláudio Damasceno também defendeu a recuperação do Centro com o objetivo de transformar a cidade num pólo cultural. “Queremos fazer intervenções profundas no Centro de São Paulo e uma das ações visa recuperar os antigos cinemas que hoje exibem filmes pornográficos. São locais que integrarão o projeto da Broadway Paulistana, ou seja, novas casas de espetáculos.”

O presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida, ressaltou que a destruição da cidade foi por problemas de gestão: “Vivemos uma situação em que o turista é desaconselhado a circular pelo Centro e os empresários também evitam marcar encontros nos restaurantes da cidade”. No entanto, para ele é possível resgatar a identidade cultural do Centro. “Seria mais barato do que construir novos espaços culturais. Além disso, o Centro é o que dá identidade às metrópoles. É assim em Paris, Roma e Nova Iorque.”

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1Comentário

  • Fabiola, 22 de julho de 2009 @ 12:43 Reply

    Gostaria de indicar o site sss://revistalusofonia.wordpress.com/2009/07/05/o-luso-brasileiro-dr-fernando-leca-preside-a-fundacao-memorial-da-america-latina/, que na edição de Julho tem postada a entrevista do Dr° Fernando Leça presidente da Fundação Memorial da América Latina.
    Fabíola Nese

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