Presidente do Confef lança desafio para que profissionais de dança comprovem suas denúncias e diz que não há espaço para diálogo; ?dança não pertence a ninguém”Por Deborah Rocha
30/06/2003
Confef
Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física, Confef, entrou hoje em contato com Cultura e Mercado para dar a sua versão dos fatos em relação à materia divulgada na última sexta-feira, dia 27, na revista eletrônica. (Clique aqui para ler a matéria “Profissionais de dança recebem apoio unânime em Brasília”). Na ocasião, não foi possível fazer contato com Steinhilber, o que possivelmente prejudicou uma compreensão mais equilibrada do caso.
Interseção de corpos
No dia 27, em Brasília, foi realizada uma audiência pública na Câmara para ouvir os setores envolvidos no entrave criado entre profissionais de educação física e dança há cerca de 5 anos, com a criação do Confef. Os últimos lutam pela aprovação do projeto de lei de autoria do deputado Antônio Fleury, que desvincula a dança da educação física. Já os primeiros, segundo Jorge Steinhilber, querem fiscalizar aqueles profissionais que dão aula nas academias e dizem estar dando aula de dança. Para ele, a dança é uma ?situação muito ampla?: ?Na verdade, a dança não pertence a ninguém, a nenhum segmento determinado?, afirma o presidente. Toda a atividade que envolva condicionamento físico, de acordo com ele, pertence ao campo do profissional de educação física.
Palavras
Em relação às denúncias feitas de que o Confef tem fiscalizado escolas de dança, obrigando-as a se filiarem, sob ameaça de fechamento do local, Steinhilber lança um desafio para que comprovem a afirmação. A questão, segundo ele, é a finalidade e não a terminologia. O diálogo, no caso, não parece ser uma solução possível. ?É difícil ter diálogo quando não se quer perceber a situação mercadológica?, diz. Aqui, porém, o corpo talvez careça de palavras.
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