Você tem um roteiro incrível de um programa para TV ou um filme e precisa apresentar para um possível patrocinador. Mas ele não tem muito tempo para lhe receber e ouvir a proposta. Ter uma boa apresentação em slides ou vídeo pode ajudar, mas muito melhor que isso é poder contar com a sua capacidade de convencê-lo na conversa.
Num mercado cada vez mais competitivo, com uma velocidade meteórica, é cada vez mais comum os executivos, sejam eles de emissoras de TV, investidores ou produtores fazerem a seleção daquilo que vão ler e produzir baseado numa curta defesa oral do criador.
“Defesa oral” de uma determinada ideia é a tradução mais comum para a palavra pitching, que a cada dia temos ouvido mais falar por aqui em terras brasileiras. No exterior é um método bastante comum e as pessoas pagam caro para participar dos eventos que promovem essas apresentações.
“Os produtores culturais, como qualquer produtor, precisam convencer investidores que seu produto/projeto é o que deve receber investimento”, lembra Ivan Teixeira, que já trabalhou na produção de diversas obras nacionais e internacionais, entre elas “Tainá 2”, “Desmundo”, “Lisbela e o Prisioneiro”, “Ensaio sobre a Cegueira” e “Os Mercenários”.
E o que uma pessoa que não tem muita facilidade e segurança para apresentar seu projeto pode fazer para mudar essa situação e ter mais chance no mercado? Treinar na frente do espelho ajuda? “O primeiro passo é reverter essa situação. Para isso existem técnicas que fazem com que a pessoa adquira know-how e confiança para sua apresentação”, explica.
Ele diz que o principal erro que as pessoas cometem ao apresentar uma ideia, um projeto ou um roteiro para um possível patrocinador ou exibidor é tentar contar a história toda num tempo muito pequeno. “Não há como fazer justiça a um bom projeto em 60 ou 90 segundos.”
E qual a melhor ocasião para apresentar um projeto para um executivo? “Isso é muito relativo. A melhor ocasião seria no momento que tal executivo der atenção a seu projeto. Nesse momento, o produtor deve ter seu pitching na ponta da língua. Na prática, essa oportunidade pode aparecer numa conversa informal, numa viagem de elevador, numa reunião formal”, explica.
Mas a ocasião mais interessante mesmo é quando os executivos estão procurando novos projetos e estão abertos a ouvir ideias, o que é comum nas feiras do mercado. E aí voltamos ao início da nossa conversa.
Teixeira cita como bom exemplo de pitching apresentado recentemente em evento um produto para o Canal VH1, da Viacom, fechado no Rio Content Market. “Fora de eventos conseguimos vender um programa semamal pra Fox”, conta.
Mais sobre esses cases e como se tornar um deles, Teixeira apresentará nos próximos dias 15 e 16 de junho, no curso Técnicas de Pitching, no Cemec, em São Paulo. Clique aqui para saber mais e se inscrever.