Rede de cinemas Cinemark promoveu mais uma edição do projeto Dia de Cinema Brasileiro, que faz parte do programa Projeta Brasil, e tem o valor de R$ 2,00 por ingresso. Embora o ano de 2006 ainda não tenha acabado, os produtores acreditam que já corre o risco de entrar para a lista de um ‘ano ruim’ para o cinema brasileiro. Afinal, comparando os números dos anos anteriores, a média de público que assistiu a produções nacionais nos cinemas não atingiu níveis considerados satisfatórios.
Tentando melhorar esses números, a rede de cinemas Cinemark promoveu, ontem, dia 06 de novembro, mais uma edição do projeto Dia de Cinema Brasileiro, que faz parte do programa Projeta Brasil, e tem o valor de R$ 2,00 por ingresso, durante todas as sessões de filmes nacionais. ‘Este não foi um ano bom para o cinema em geral. Não só a bilheteria dos filmes nacionais deixou a desejar, mas também a dos internacionais. Nem por isso, vamos desistir de realizar o projeto que já existe há sete anos’, declara Valmir Fernandes, presidente da Cinemark no Brasil.
O projeto, que exibiu filmes brasileiros lançados entre novembro de 2005 e outubro de 2006 em todas as salas do país, teve uma seleção eclética, que incluía desde os maiores sucessos de bilheteria do ano, como Se Eu Fosse Você, de Daniel Filho, que já fez mais de 3,6 milhões de espectadores, e Zuzu Angel (que está na marca de 728 mil ), até os de menor desempenho, como Brasília 18%, de Nelson Pereira dos Santos, que fez apenas 15mil espectadores; e Boleiros 2, de Ugo Giorgetti, com 10 mil.
A renda do projeto, que deve deve bater a cifra de dos R$ 300mil arrecadados em 2005, será revertida a projetos de incentivo, como a preservação do acervo da Cinemateca do MAM do Rio, a remodelação da sala do Centro Cultural São Paulo, o Prêmio Imagem Cinemark que, em parceria com a USP, premia estudantes de cinema da universidade, além de conceder prêmios em vários festivais do Brasil. ‘O que quero ressaltar é que somos a única rede do País a fazer isso. Não parece muito, mas só o público de um dia, que deve ser de 150 mil, é maior que o que muitos longas nacionais fizeram’, conclui Fernandes.