Com apoio da British Airways, projeto mantido pelo Instituto Gtech possibilita o contato de crianças com a arte e cultura locais. Resultado será exposto em 2003 no “Metrópoles” Por Deborah Rocha

Asas para a metrópole
Um grupo de dez crianças integrantes do Projeto Asa foi sorteado para embarcar numa viagem artística a um dos maiores centros de arte contemporêanea do mundo: Londres. Com apoio da British Airways, o programa, mantido pelo Instituto Gtech Cidadania & Cultura que ensina arte a mais de 500 estudantes de escolas públicas paulistas com a ajuda da linguagem da informática, desenvolveu a ação com o objetivo de continuar o trabalho iniciado na Bienal. O tema do mega-evento, “Iconografias Metropolitanas”, inspirou a criação de obras na própria Bienal e possibilitou o desenvolvimento da exposição Metrópolis, programada para 2003, em que o trabalho produzido em Londres pelos meninos será exposto.

Vôo com a British
O apoio da British Airways estabeleceu-se a partir da promoção de lançamento de uma nova classe de vôo, a World Traveller Plus, que oferecia passagens a U$ 1,00 à crianças de até 12 anos que viajassem com os pais para Londres na nova classe. Além disso, a companhia aérea investiu em hospedagem e alimentação do grupo do Asa durante 5 dias. O Instituto Gtech Cidadania & Cultura financiou a produção e organização do roteiro de viagem, como locais de arte, guia local e entradas em museus e galerias. Os meninos do Projeto Asa receberam também um kit de desenho com instruções de trabalho e produções de obras sobre as metrópoles.

Com tato Cultural
“Tudo foi pensado para que o grupo conheça os lugares mais relevantes de arte em Londres, em especial a contemporânea, e para que haja contato com a cultura local e a cidade”, explica Luciana Aguiar, gerente administrativa do Instituto Gtech. “Uma parceria com uma empresa séria e importante como a British Airways é um privilégio para o Instituto Gtech, e por consequência, para a Gtech. É resultado do reconhecimento do trabalho que a Gtech, através de seu Instituto, tem desenvolvido no terceiro setor e setor cultural”, diz Luciana.

O futuro pela arte
A ação da Gtech na fruição da viagem tem a abordagem de ver o mundo através de Londres, apreender o mundo e intervir neste mundo, e se possível, registrar essa intervenção e replicá-la para as outras crianças do Projeto, multiplicando a possibilidade de respostas e soluções para questões que ainda vão emergir do processo. Mas também, e principalmente, a idéia de que só a ruptura do novo pode criar o futuro, seja qual for a tradição. E que ser contemporâneo do futuro é privilégio não dos loucos, mas dos visionários, dos artistas e das crianças.

Origens nos EUA
O Projeto Asa é baseado no desenvolvimento do conceito já aplicado pela Gtech Corporation nos EUA, onde ASA corresponde a “After School Advantage”. Em sua origem, o Asa é um programa de complementação escolar, que consiste na montagem de laboratórios de informática em entidades próximas às unidades norte-americanas da Gtech. No Brasil, devido às maiores demandas sociais e ao conceito desenvolvido pelos idealizadores do Projeto, foram somadas as ferramentas da arte-educação, que incrementaram o contato com a tecnologia por meio do lúdico e da busca de identidades pessoais e culturais.

Tripulantes
Os meninos foram escolhidos a partir de um sorteio entre os mais frequentes e aplicados do projeto. A pré-escolha foi feita pelos facililitadores e pela supervisão e coordenação do Asa. “Quase todos foram para o sorteio. Houve uma grande movimentação em virtude da viagem. Ansiedade e torcida também dos pais”, conta Luciana.

Pela diversidade
A exposição Metrópolis que ocorrerá em 2003 já foi configurada pelos trabalhos produzidos na Bienal, mas ainda está sendo desenhada. A proposta da Gtech é que, no ano que vem seja levada para Londres uma exposição de arte que possa reforçar o conceito, a idéia por trás da decisão de trabalhar o tema “Metrópoles” com as os alunos do Projeto: a de que o mundo pode conviver em cada cidade, na multiculturalidade, na multietnia, na micigenação, em cada pessoa, em toda a tradição e que todas elas são ricas e expressivas da humanidade que nos une a todos. Sem exclusões e sem preconceitos.


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