O ministro da Cultura, Juca Ferreira, assina nesta segunda-feira, 22 de novembro, dois dias após o Dia da Consciência Negra, a liberação de R$ 3,8 milhões, primeira parcela do convênio que apoiará o Museu Nacional da Cultura Afrobrasileira (Muncab), no Centro Histórico de Salvador.

Estarão presentes o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o presidente da Sociedade Amigos da Cultura Afrobrasileira (Amafro), José Carlos Capinan. Ainda este ano, o museu receberá mais R$ 1,8 milhão e, para 2011, está prevista a liberação de outros R$ 4,3 milhões, num total de aproximadamente R$ 10 milhões.

A cerimônia começa com uma coletiva de imprensa, às 16h, na sede do Muncab, antigo prédio do Tesouro (Centro Histórico de Salvador). Logo depois será celebrado o convênio entre o MinC e a Amafro e, em seguida, apresentações musicais encerram a cerimônia. Haverá shows de Carlinhos Brown, Olodum, Ilê Ayiê, entre outros.

O Muncab ocupará também a antiga sede do Pronto-Socorro Municipal. Os dois prédios estão sendo restaurados, numa ação que faz parte do processo de revitalização do Centro Histórico. A proposta de construir um museu afrobrasileiro no estado com maior população negra do Brasil foi da Amafro e já há um planejamento de ações até 2020. O museu deve funcionar como um centro de referências e articulação de memórias locais e nacionais. Diversas comunidades do entorno do Muncab já foram consultadas e acordaram em funcionar em rede com o museu, que divulgará as memórias preservadas por elas.

Os prédios do Tesouro do Estado e do antigo Pronto-socorro Municipal são imagens representativas da vida de Salvador. Os edifícios foram construídos na década de 20, durante o governo Seabra, com a mesma técnica, porém em estilos arquitetônicos diferentes. Ambos estão sendo restaurados com recursos do Ministério da Cultura.

O investimento na recuperação dos imóveis é de mais de R$ 2 milhões. Depois de restaurados e modernizados, os prédios deverão receber plenamente o Muncab. Mesmo em obras, já foi realizada uma exposição sobre as proximidades culturais entre Benin e Brasil, de novembro de 2009 a janeiro de 2010, intitulada O Benin está vivo ainda lá, com curadoria de Emanoel Araújo. O acervo do museu contará com obras vindas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Centro de Estudos Afro-Orientais e da Fundação Pierre Verger.

*Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Cultura.


contributor

Atriz, pós-graduada em gestão da cultura.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *