Após nota no ?Correio Brasiliense?, diretores Gustavo Dahl e João da Silveira deixaram claras suas divergências durante debate no Congresso Brasileiro de Cinema14/02/2003
Poder da agência
Segundo matéria publicada hoje na Folha de S. Paulo, Gustavo Dahl e João da Silveira, ambos diretores da Agência Nacional do Cinema, não deixaram dúvidas, publicamente, de que encontram-se em posições divergentes. Internamente, os dois vinham discordando em questões que dizem respeito ao poder da Ancine, como a definição dos métodos para aprovar projetos e fiscalizar o mercado. Dahl comanda a agência no Rio de Janeiro e João da Silveira em Brasília.
Disputa anunciada
De acordo com o jornal, a disputa foi anunciada durante debate realizado no Congresso Brasileiro de Cinema, anteontem, em Brasília. Silveira publicou domingo no “Correio Braziliense”: “Essa agência encontra-se dividida entre aqueles que a querem no Rio de Janeiro e os que a querem em Brasília, entre outros que a querem monocrática e fechada e os que a querem colegiada e aberta”.
Na ocasião, estavam cineastas, produtores, distribuidores e exibidores. Dahl entendeu que a provocação merecia resposta e defendeu-se no debate. Ou mordeu a isca ou achou que calar seria consentir, analisa o jornal.
Tripé
A Ancine está parada na Casa Civil, sem autorização para gastar e sem indicação sobre seu futuro. A vinculação da agência ao Ministério do Desenvolvimento tem o apoio de Gil e do secretário do Audiovisual, Orlando Senna, mas não é consensual no MinC. “A posição do MinC é a posição majoritária do setor, que defende o tripé ministerial, com o Conselho Superior de Cinema na Casa Civil, a Secretaria do Audiovisual no MinC, e a Ancine no Ministério do Desenvolvimento. A real reformatação do mercado é um passo seguinte”, disse Senna ao jornal no início deste mês.
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