A associação da indústria fonográfica dos Estados Unidos pediu cooperação dos responsáveis pelos sistemas de computadores para eliminar as redes de troca de arquivos27/03/2003
Há duas semanas, a Riaa (Recording Industry Association of America) mais uma vez se posicionou contra a pirataria online nos Estados Unidos. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), a indústria da música está fazendo campanhas em 2.300 campus de universidades dos EUA, enviando cartas aos administradores das instituições de ensino pedindo que os responsáveis pelos sistemas de computadores cooperem para eliminar as redes de troca de arquivos.
Epidemia virtual
De acordo com a ABPD, Hilary Rosen, presidente da Riaa, teria afirmado, durante depoimento ao Congresso dos EUA, que a pirataria online é uma “crescente epidemia”. Hilary, que deixará a presidência da Riaa no final deste ano, falou sobre os prejuízos causados pela pirataria por meio das redes de universidades em todos os EUA. Segundo ela, parte significativa dos 2,6 bilhões de arquivos baixados ilegalmente a cada mês acontece a partir dos sistemas dessas instituições _ 75% disso, feitos por membros de fora da comunidade de estudantes.
A ABPD calcula que 53% do mercado de música hoje no Brasil é ilegal, o que significaria, segundo a entidade, prejuízo anual de R$ 750 milhões para o setor e R$ 250 milhões para o Governo. De acordo com cálculos da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior), a pirataria teria movimentado no ano passado cerca de US$ 20 bilhões, um terço do valor das importações brasileiras no mesmo período.
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