Em entrevista realizada Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, na última terça-feira, dia 25 de agosto, a Riofilme anunciou o investimento de R$ 79,1 milhões no cinema brasileiro, até 2012. O valor é quase quatro vezes maior que o total de investimentos feito pela empresa nos últimos quatro anos.
Estão previstos o financiamento de mais de dez filmes, o patrocínio de eventos como o Festival do Rio – que receberá R$ 2 milhões – e o apoio à realização de filmes internacionais rodados no Rio, como o projeto de Woody Allen que terá a cidade como cenário. Já em 2010, a empresa promete lançar um documentário de Nelson Pereira dos Santos sobre Tom Jobim, o filme de animação infantil ‘31 minutos’, de Álvaro Diaz e Pedro Peirano, o longa-metragem de suspense ‘Sequestro relâmpago’, de Roberto Santucci, estrelado por Mônica Martelli, e ‘Anjos da Lapa’, de Johnny Araújo, inspirado na vida do músico Marcelo D2. O diretor-presidente da Riofilme, Sérgio Sá Leitão, apresentou o novo contrato de gestão da empresa municipal e declarou que, com esse aporte, a Riofilme passa a ser um dos maiores investidores do cinema nacional, ao lado da Petrobras.
Com o objetivo de consolidar o Rio como a “capital audiovisual da América Latina”, a instituição pretende consolidar a sua gestão como a de uma empresa privada, tendo como lema “eficiência na gestão e eficácia na execução”. As mudanças começaram com a redução em 30% da equipe e em 20% do gasto com custeio, que chegou a 71,3% de seu orçamento ano passado.
As metas até 2012 vão desde o aumento no número de filmes cariocas que façam mais de 50 mil espectadores por ano (de 13, marca verificada entre 2006 e 2008, para 20) ao crescimento da participação das empresas com sede na cidade na captação de recursos federais de fomento, como a Lei Rouanet e a Lei do Audiovisual (de 45,6%, índice de 2008, para 57,6%).