Com objetivo de monitorar a cultura global e criar novos caminhos estéticos, evento congregará representantes de todos os continentes. Custo estimado é de US$ 8 milhõesPor Deborah Rocha

Rumos culturais
Para além da escolha do país sede ou do frenesi artístico e cultural que se dará na ocasião, a relevância do 1º Fórum Mundial de Cultura está antes na sua atuação como fomentador e difusor de novas vias estéticas e de circulação de bens culturais globais. Durante dez dias, a cidade paulista receberá representantes de todos os continentes que, junto com artistas, produtores culturais e instituições envolvidas, circularão por conferências, mostras e espetáculos de arte.

Fóruns regionais
Acalentado desde 1997 em conferências na França e Itália, o Fórum Mundial de Cultura ainda não tem formato definido. Será desenhado ao longo de 2002 e 2003, quando estão previstos fóruns regionais em vários pontos do globo. No calendário preparativo já estão confirmados México, em junho do ano que vem, e Rio de Janeiro, em setembro do mesmo ano.

Sociedade civil
Itinerante e trienal, o Fórum conta com importantes articulações com o Sesc de São Paulo, Instituto Itaú Cultural e Gife, Grupo de Instituto, Fundações e Empresas. O custo estimado é de cerca de US$ 8 milhões, que seriam financiados por órgãos de abrangência mundial, funadações internacionais e iniciativa privada.

Cultura global
“A intenção é criar meios de monitorar a cultura global e inverter esta mão única estética, na produção e distribuição”, diz Ruy Cezar Silva, diretor do Instituto Casa Via Magia, à Folha de S. Paulo. Um dos principais articuladores para a vinda do Fórum ao Brasil, Cezar Silva disse ao jornal que o “ponto decisivo foi a facilidade de interlocução do Brasil com o mundo árabe, Ásia, África e América Latina, num momento em que há tanta restrição à circulação de pessoas na Europa e EUA”. São Paulo foi escolhida como cidade-sede por sua infra-estrutura e multiplicidade cultural.

Rede de informação
Segundo a Folha de S. Paulo, na semana passada, a Fundação Ford aprovou a liberação de verba para montagem de um banco de dados que reunirá o conteúdo de todas as redes de informação culturais já estruturadas no mundo. O trabalho de coleta de dados começará a partir de janeiro.

Copyright 2002. Cultura e Mercado. Todos os direitos reservados.


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *