“Tão perigoso quanto o mercado monopolizar o setor cultural é o Estado monopolizá-lo”, diz; Celso Frateschi, do município, acrescenta: visão deve ser mais “pública” e menos “estatista”Por Sílvio Crespo
21/07/2003
A secretária de Cultura do Estado de São Paulo, Cláudia Costin, afirmou, durante do seminário do MinC Cultura para Todos, realizado em São Paulo, em 18 de julho, que o monopólio do Estado sobre o setor cultural é “tão perigoso quanto” o do mercado. Ela afirma que está retomando o Conselho Estadual de Cultura, que permite a participação da sociedade civil nas políticas culturais de São Paulo. Outra prioridade de Costin é a Loteria Cultural.
Público x estatal
“Não se trata de discutir a dicotomia ‘Estado’ versus ‘privado’; falta incluir a visão pública do dinheiro público, não uma visão estatista”. As palavras são do secretário municipal da Cultura de São Paulo, Celso Frateschi, que discursou após Cláudia Costin. Ele propõe mudar o foco das discussões sobre o novo modelo de financiamento.
Frateschi enfatiza a diferença entre o “estatal” e o “público”: para ele, criar fundos públicos não significa necessariamente colocar a Cultura nas rédeas do governo. Ao contrário, afirma, os fundos podem e devem ser geridos de maneira democrática, com a participação da sociedade e voltados para o interesse público.
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