Última matéria da série: perfil e visão de políticas culturais dos secretários de cultura na região Sul

Rio Grande do Sul
Convidada pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, a secretária Mônica Leal assumiu a pasta da Cultura e, recentemente, foi eleita vice-presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, sendo representante da Região Sul.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria, Mônica ainda está formulando as propostas culturais para a sua gestão, pois atualmente a Secretaria de Estado da Cultura (SEDAC/RS) tem concentrado seu trabalho na reestruturação do órgão. Cumprindo determinações do governo, foi elaborado um diagnóstico e um plano de metas para o enxugamento da estrutura da SEDAC, o que implica em redução de setores, absorção de funções e atividades, e aglutinação de serviços similares. Essas mudanças buscam modernizar a prestação de serviços culturais e fazem parte de um plano estrutural montado para todas as Secretarias do estado.

Ainda dentro desta reestruturação, a Secretaria será transferida para o Centro Administrativo do Estado em meados de abril de 2007. Esta ação representará uma redução dos custos de manutenção da área cultural equivalente ao percentual de 15,75% da dotação orçamentária anual da Cultura para essa finalidade. Atualmente, a SEDAC ocupa um prédio que consome R$ 21.750,00 de locação, acrescidos das despesas de água, luz, telefone e vigilância, que totalizam o valor de R$ 18.000,00. Assim, a despesa mensal é de mais de R$ 39.750,00, o que implica no comprometimento de R$ 477.000,00 dos recursos anuais apenas em função da sede.

A assessoria de comunicação informou ainda que está sendo desenvolvido um planejamento de trabalho que deverá se constituir no Plano de Política Cultural para o Estado na administração Yeda Crusius, configurando um novo modelo de gestão para a Cultura do RS. O plano provavelmente será apresentado em um encontro aberto ao público em maio.

Além disso, a secretária vem trabalhando no redimensionamento e na reformulação do sistema de Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Para isso, a Sedac está reorganizando e implementando a equipe de acompanhamento e fiscalização da execução dos projetos aprovados pelo sistema LIC. Também está promovendo a modernização do sistema, que contará com a possibilidade de formatação e apresentação dos projetos através do site da secretaria.

Quanto à questão da preservação do patrimônio público e do apoio financeiro a centros culturais, a secretária apresentou um plano de ação com objetivo de realizar parcerias com instituições financeiras que ajudarão na viabilidade de projetos culturais e de conservação. Atualmente, espaços culturais como a Cinemateca Paulo Amorim, o Memorial do RS e o Museu Júlio de Castilhos tinham suas atividades comprometidas por falta de recursos. Também aguardam a aprovação do plano a Casa de Cultura Mario Quintana, que possui partes da estrutura do prédio ameaçadas de desabamento, o Museu Histórico Farroupilha, em Piratini, que exige restauração e cujas obras estavam suspensas, e o Museu Arqueológico, em Taquara, que se encontra com ação civil pública contra a SEDAC por seu estado de abandono.

Paraná
Assumindo seu segundo mandato na Secretaria do Estado de Cultura do Paraná, a secretária Vera Mussi ainda não definiu as propostas culturais para a nova gestão. Segundo sua assessoria de comunicação, Vera está desenvolvendo, juntamente com o governador, novas propostas para a Cultura, além de provavelmente dar continuidade a projetos iniciados na antiga gestão.

Santa Catarina
Convidado para a pasta pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, o secretário Gilmar Knaesel ainda não apresentou suas propostas para a Cultura do estado.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria, ele vem elaborando, juntamente com o governador, um plano de ação para a Cultura, mas adiantou que iniciativas como o Fundo de Cultura e a Rede de Integração Cultural (RIC) continuarão em pauta e terão atenção especial da Secretaria.

Ainda conforme a assessoria, a Rede de Integração Cultural (RIC), que visa estimular o intercâmbio entre os agentes culturais, promover a circulação da informação, a capacitação de gestores públicos e privados e a distribuição de iniciativas, eventos, cursos, produtos e serviços ligados à cultura, pretende trabalhar para cadastrar todos os agentes culturais do estado até o final da gestão.

Carina Teixeira


editor

2Comentários

  • Eli Santos, 22 de março de 2007 @ 13:57 Reply

    Achei ótima a iniciativa de fazer essa compilação com as secretarias. Somente dessa forma podemos conhecer um pouco sobre propostas de lugares que não temos acesso por meio da grande mídia. Obrigada pela oportunidade! Um abraço. Eli Santos.

  • eugenio lacerda, 24 de março de 2007 @ 16:20 Reply

    No caso de SC, a Rede de Integração Cultural, depois de implantada no ano passado, prosseguirá este ano com os projetos do sistema publico de informaçoes culturais e uma plataforma de cursos a distancia para agentes e gestores.

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