Segundo matéria divulgada no jornal Folha de S. Paulo, a criação de uma rede estatal de televisão pode custar no mínimo R$ 523,36 milhões.
Segundo matéria divulgada no jornal Folha de S. Paulo, a criação de uma rede estatal de televisão pode custar no mínimo R$ 523,36 milhões e não os R$ 250 milhões anunciados pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. Os valores levantados são resultados de cálculos de fabricantes e de engenheiros.
No dia 12 de março, Hélio Costa apresentou ao presidente Luis Inácio Lula da Silva o projeto da Rede Nacional de Televisão Pública, com previsão de funcionamento em dezembro, juntamente com o início da operação comercial da TV digital.
Na ocasião, o ministro afirmou que o objetivo é fazer com que o sinal da nova TV chegue a todos os municípios do país, e esse seria o principal custo de uma rede nacional de TV. Segundo o IBGE, no Brasil há 4.458 municípios com população de até 30 mil, dos quais 1.370 têm menos de 5.000 habitantes.
Segundo Eduardo Santos de Araújo, presidente da Abirt (Associação Brasileira da Indústria de Radiodifusão), o custo de um posto de retransmissão mais simples, para localidades com até 10 mil habitantes, seria de R$ 50 mil. Para cobrir os 2.581 municípios com essa população, seria necessário um investimento de R$ 129 milhões.
Portanto, segundo os cálculos apresentados na matéria, se o governo for instalar retransmissores em todos os municípios, gastará, pelo menos, R$ 443,36 milhões, fora o investimento na implantação da emissora que vai gerar a programação e colocá-la no satélite para ser retransmitida. O valor total da projeção de gastos de R$ 523,36 milhões foi feita com a máxima economia de custos.
Em entrevista ao mesmo jornal, o ministro afirmou que a possibilidade de compartilhar o projeto com outros Estados e municípios, poderá diminuir o dispêndio do governo, mas não comentou a diferença entre o valor apontado pelos fabricantes e sua projeção de R$ 250 milhões.