Um Ponto de Cultura caracteriza-se por ser uma atividade cultural continuada, que age local e pensa global. Faz-se presente nas questões que envolvem a comunidade onde está inserido, articula-se em rede com outros pontos ao redor do país. Mas, no paradigma atual, é, acima de qualquer outra coisa, uma organização conveniada ao Estado. O que deveria ser a resolução de muitos dos seus problemas, acaba se transformando num pesadelo.

Se um Ponto de Cultura é uma atitude, uma modo de ser, pensar e agir a ação cultural local, porque não considerar todos os que fazem a mesma coisa, com a mesma garra e compromisso, Brasil afora. Cultura Viva é um projeto-piloto que deu certo. Seus inúmeros problemas de gestão e falta de institucionalidade são menores diante da sua grandeza de propósitos, mas que ainda fragilizam o programa a ponto de colocá-lo em risco permanente.

O receio de ver o Cultura Viva descontinuado foi tanto que surgiram movimentos e apelos por todo o Brasil. Ana de Hollanda foi taxativa ao dizer que vai continuá-lo, mas não foi condescendente com os erros que o colocaram na delicada condição em que se encontra. Continuar não é repetir, é melhorar!

Por isso, venho propor, no melhor espírito provocador desta coluna, a criação de uma Rede Nacional de Pontos de Cultura (que já existe mas precisa ser reinventada). Para se cadastrar, basta estar organizado como um empreendimento cultural local sintonizado com a comunidade e com o mundo. Precisa ter atividades organizadas e concordar com o manifesto de criação do Cultura Viva. Quem acessa são as pessoas físicas, organizados em grupos, ou  Pontos de Cultura.

Imagino que existam cerca de 20 mil Pontos de Cultura pelo Brasil (este número pode ser muito maior). Em cada município há de haver pelo menos um. O Cadastro não é para enquadrar, é para conhecer, dar vazão às necessidades e questões de interesse dos Pontos. Sai o Estado que pune e dificulta e entra o que quer dialogar, colaborar e buscar soluções coletivas para questões que afligem os cidadãos e os movimentos organizados de cultura, sem uma relação clientelista, de balcão e por demanda. E passa a olhar o programa de forma mais ampla, com escala e abrangência nacional.

Há os que precisam de capacitação, outros de biblioteca, infraestrutura, acesso à rede. Os que tem vocação para a prestação de serviços, outros para a memória, ou mesmo para a criação artística. As necessidades são infinitas, mas as prioridades só serão conhecidas a partir de uma ampla investigação junto aos próprios Pontos. Isso ajudaria a moldar ações programáticas para atender as prioridades.

O ambiente de rede já não é mais o que era há 6 anos, quando o Cultura Viva foi lançado. O Twitter, o NING, o Facebook e tantas outras ferramentas existentes e à nossa disposição estão aí para demonstrar a grande potencialidade da atuação em rede. A experiência do Cultura Digital já é suficiente para compreendermos esse pontecial.

O setor cultural, que inclui os agentes organizados por Pontos de Cultura, mas também os artistas e agentes culturais presentes em outras plataformas e nós de criação, precisa ampliar o seu potencial criador a partir das redes, além de fazer política, negócios, diálogos e pensamentos compartilhados. Para isso, é preciso participar intensamente do plano de Banda Larga, oferecendo conteúdo, articulação e soluções além das planejadas e construídas pela mídia tradicional e pelas organizações que distribuem sinal e conteúdos culturais formatados e estabelecidos (e terrivelmente concentrados).

Assim, o Estado retira os Pontos da lógica da competição (editais) e da representação (fóruns e aparelhamentos de partidos e grupos de interesse), promovendo atendimento universalizado, com ações continuadas e estruturantes, sobretudo de capacitação, que permitiria um salto qualitativa na própria relação com o Estado, e também com um novo mercado quer precisa ser moldado pelas novas práticas culturais das classes sociais emergentes.

Os Pontos de Cultura podem se transformar em grandes catalisadores da função econômica da cultura, mas não necessariamente por uma economia tradicional, concentradora e baseada no consumismo e no mercado de bens industrializados.

É claro que isso não exclui a sua função educativa e cidadã, pois um Ponto de Cultura é, antes de qualquer coisa,  baseado no empoderamento dos agentes culturais e suas comunidades.


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

23Comentários

  • @RosaRasuck, 15 de janeiro de 2011 @ 11:44 Reply

    Lembrei de uma troca de mensagens com um amigo…numa dela falamos sobre a repetição (de atitudes, principalmente) e ele disse: "Sabia que para os gregos o inferno era a repeticao eterna e improdutiva?"…e conversamos sobre alguns mitos…
    Quando Ana de Hollanda, nossa ministra, fala sobre continuidade e não repetição isso me alivia e anima…Sou fã adorosa do Programa +Cultura desde o inicio…
    Leonardo, essa proposta de reinventar e oxigenar a rede dos pontos de cultura, vem num momento auspicioso (queria outra palavra aqui) em que os pontos que existem e aqueles que estão sendo organizados como tal a partir de editais estaduais e municipais precisam de novos "modelos" e de troca de saberes, inclusive os de gestão. A repetição tem que ser evitada nos dois polos da gestão: da sociedade (organizada ou não) e da instituição pública.
    EU QUERO PARTICIPAR!

  • @MeiryCoelho, 16 de janeiro de 2011 @ 13:51 Reply

    Olá Leonardo, como vai? Muito interessante o seu artigo, sobretudo pq está voltado para a atual situação dos Pontos de Cultura. O programa cultura viva nasce de uma parceria entre estado e sociedade civil, um ponto importante que não podemos esquecer. É um conjunto de ações potencializadoras e fomentadoras de outras ações culturais brasileiras, desenvolvidas por associações, ONGs e demais coletivos representantes de comunidades. Já não pode ser descontinuado, pois representa, eu diria, o principal programa de políticas culturais brasileiras. Tanto é que em alguns anos acompanhando presenciei o intercâmbio de práticas e redes nacionais e internacionais sob a égide do Programa Cultura Viva. O Cultura Viva é um Programa e precisa ser reconhecido assim. Não é um apêndice das políticas culturais.
    Gostaria muito da sua proposta sobre a Rede Nacional, se ela já não existisse… E não acho que precisa ser reinventada. Falta um mapeamento do que é a Rede, quem a movimenta e reatualiza as inúmeras interfaces que a formam: cultura/tecnologia, cultura/oralidade, cultura/política, cultura/economia, cultura/juventude… Conhecer para acompanhar: Pesquisa-Formação. Afinal, quantos Pontos de Cultura atuam no Programa atualmente? Pra ser mais simplista: quantos Pontos de Cultura esperam prêmios que não foram pagos dentro do prazo estabelecido por seus respectivos editais? Eu não sei…
    O Estado deve reinventar a sua atuação no programa, mas não a Rede de Pontos de Cultura. Isso não compete a ele, mas à sociedade civil. Convido-o a participar das redes que fortalecem e formam o programa Cultura Viva: Indios Online, Mocambos, Cultura Digital, Metareciclagem, Tuxauas, Economia Viva, Mídia Livre, Software Livre, Griôs, Escola Viva…
    Vamos conversando. Um forte abraço.

  • jimmyavila7, 16 de janeiro de 2011 @ 15:07 Reply

    Faltam estudos serios e de abragencia integral sobre o desenpenho dos pontos de cultura . Acho que falas deslumbradas demais com o Cultura Viva ressoam como se valessem de costataçao indubitavel! Algumas tem a pretensao de servir como um diagnostico do programa como um todo, mesmo pertindo de mero particulares.

    Mas o fato é que tais falas euforicas, muitas vezes militantes partidarias, nao refletem absolutamente a real situçao do Cultura Viva de forma integral.

    Como Participante de mais de um ponto de Cultura e conhecedor da expertiencias de diversos outros ao redor do Brasil, constato que o grosso das iniciativas culturais que o CV apoiou ja estavam encaminhadas por coletivos independentes ou da iniciatica privada. Alem disso MUITO deixou de se fazer do que havia sido programado e alardeado com muita pompa.

    Ao fechar das contas as verdadeira situiaçao começa a emergir , como esta começando a ocorrer.

  • Maurinho, 16 de janeiro de 2011 @ 17:50 Reply

    O texto é lucido, penso que Pontos de Cultura é uma maneira de classificar o que é cultura ou não cultura para o governo. Entendo que não é hora de excluir pessoas e sim agregar pessoas a uma rede social de cultura. Mas me deparo que se propõe algo que ainda não esta institucionalizado, pois cada produtor, agente cultura e afins não estão na rede e sim estão isolados. Por isso é importante uma atualização das políticas culturais nos espaços culturais para que organizacionalmente se possa ter um diálogo mantendo sem descontruir os principios culturais que norteiam cada um dos agentes culturais…

  • Afonso Oliveira, 16 de janeiro de 2011 @ 20:18 Reply

    É um erro querer propoor a reinvenção da rede nacional de pontos de cultura sem ter a minima noção das diversas formas de funcionamento dos pontos de cultura na realidade. Porque se tivesse conhecimento não iria propor o proposto.
    Outro erro é achar que no Brasil, para não dizer no mundo, é possível criar um setor da economia que se alicerce apenas na sociedade, sem os recursos dos Estados concentradores de impostos.
    Reinventar a roda já é algo menor. E ainda sem saber por onde começa a roda é menor ainda.
    Isso me lembra o pesquisador perdido que sem saber por onde começar a pesquisar a ciranda se quer percebe que a melhor forma é entrando na roda.
    Quando todas as empreiteiras, bancos privados, empresas de telefonias e as industrias de uma forma geral começarem a deixar de viver apenas de recursos públicos, aí eu acho que teremos necessidade de inventar algo. Mesmo sabendo que isso será uma construção coletiva e não uma reinvenção pobre de conteúdo forjada no verão paulista.

  • Felipe Cabral, 16 de janeiro de 2011 @ 20:36 Reply

    Gostei do artigo. Foi feliz em muitos pontos e apontou uma necessidade que venho dizendo há muito tempo: a rede de pontos de cultura é muito maior do que os tais 2000/2500 pontos que o MinC diz ter conveniados, mas mesmo estes não possuem um espaço de trocas permanente e inteligente. Sendo assim, passou da hora de se criar um sistema, um mecanismo virtual, onde ponto, pontinho e pontão, conveniado ou não, possam se encontrar, trocar, se pesquisar.

    Tenho três perguntas:

    1° – Vc já leu isto? -> sss://cadastreseupontodecultura.org.br/?page_id=497

    2° – Um sistema web de informações sobre pontos de cultura e iniciativas culturais, com georeferenciamento e espaço de cadastro de produtos, serviços, espaços e equipamentos, para venda ou locação, não seria um excelente mão na roda para começarmos a ter um cultura viva mais “nacionalizado” em rede?

    3° – Vc não tá afim de investir na construção de um sistema desses? Ou de pelo menos conversar sobre isso? Muita coisa já foi pensada, iniciada, mas poucas tiveram folego necessário para conclusão.

  • Leonardo Brant, 16 de janeiro de 2011 @ 20:58 Reply

    Os Pontos já foram criados na lógica da rede e se formaram conectados, compartilhando e cooperando. Mas a ideia de rede avançou muito e está conectado com o mercado. Está descobrindo o mercado. Esses ingredientes da cultura da convergência podem e devem ser incorporados ao trabalho dos Pontos.

    Afonso, vc tem toda razão. Eu devia perguntar para quem entende das coisas (vc, eu suponho) antes de escrever tanta besteira.

    Felipe. Conheço sim. Vou mandar um email pra vc e conversamos.

    Abs, LB

  • Fuentes, 16 de janeiro de 2011 @ 23:09 Reply

    Oi Brant!

    Eu concordo com a sua crítica ao programa Cultura Viva e estou entendendo essas proposições que você coloca como boas.

    Queria dizer ainda uma coisa: nesse processo de transição do ministério da cultura, uma parcela de pessoas tem pedido a volta de Célio Turino para SCC.

    O que você acha disso?

    Particularmente não gosto dessa idéia pois acho que uma secretaria não pode ficar presa ao personalismo de um nome. Também entendo que o fato dele ter tido uma representatividade quase nula nas urnas (nem 11.000 votos, não se elegeria nem como vereador de sp com esse número de votos) somado ao fato de quem boa parte dos convenios lançados em sua gestão no final de 2009 e inicio de 2010 não foram pagos por falta de planejamento, falta de verba, denuncias de favorecimento junto ao CGU, faz com que o nome dele seja uma escolha ruim.

  • marcos pardim, 17 de janeiro de 2011 @ 15:29 Reply

    sobre o post em si, imagino que qualquer um de nós admiradores do Cultura Viva não tenha dúvidas de que trata-se de um programa que, noves fora a sua imensa contribuição para o enriquecimento das políticas públicas culturais, precisa de vários acertos, reestudos de rotas, novos rumos e prumos. agora, meu caro fuentes, o seu comentário me pareceu um pouco aquelas matérias da grande mídia: denúncias lançadas sem maior preocupação com a distinção entre fatos e versões. quais foram os convênios que faltaram com planejamento? quais editais foram lançados irresponsavelmente sem verba? quem ou quais projetos foram favorecidos? não crês que para fazer tais comentários é preciso uma maior assertiva? veja bem, não estou dizendo nem insinuando que o que vc diz aqui é uma inverdade ou uma invenção, mas receio que seja algo bastante grave para ser simplesmente jogado assim, sem maiores dados e fatos. e, ao contrário de vc, a menos que me comprovem o contrário, acho célio turino o melhor nome para a scc. durante esses três anos que faço parte do programa, indubitavelmente foi um cara que efetivamente fez as coisas acontecerem, não obstante o fantasma da burocracia.

  • chico simoes, 17 de janeiro de 2011 @ 16:53 Reply

    …como eu sempre disse, quantidade de ponto de cultura é uma questão de conceito, convênio com governo uma questão de borocracia e criação de uma rede aberta uma questão de mudança de atitude e paradigma político, cultural… parabéns Leo (vc ainda é meu candidato a secretário executivo da Ana)

  • Carlos Henrique Machado, 17 de janeiro de 2011 @ 21:01 Reply

    (Mas a ideia de rede avançou muito e está conectado com o mercado)
    Que mercado Leonardo?
    Ele não existe? Isso é uma fabula. Gostaria muito que os numeros desse mercado saissem da cartola.De ilusionismo retorico ja chega a liga dos Rouanet.

  • afonso oliveira, 17 de janeiro de 2011 @ 22:15 Reply

    Leo nao imaginei que vc ficaria tao desconcertado com o meu comentario a ponto de responder sem nenhuma resposabilidade com o debate. Vc diz que esta correndo risco, mas na verdade nao assume o risco do bom debate.

  • Leonardo Brant, 18 de janeiro de 2011 @ 0:56 Reply

    Carlos, o Facebook, o Twitter, O LinkeIn, o MySpace não têm mercado? Então o que é mercado pra vc?

    Afonso, realmente estou sendo irresponsável desqualificando o debate. Desculpe, vamos retomar? Me fale sobre a rede dos Pontos de Cultura. Pelo que vc diz, parece que ela funciona satisfatoriamente. Eu não concordo. O que vejo é uma grande potencialidade nas conexões existentes entre os Pontos, que se formam por vontade e interesse dos próprios agentes catalizadores dos pontos e não por um ambiente favorável de rede, em que essas trocas possam ganhar novas dimensões e possibilidades de ampliação. Os conteúdos gerados pelos pontos se perdem e se dissipam em inúmeros canais e a possibilidades de criação colaborativa são atrofiadas por falta de estímulo e desafios compartilhados. Penso que com o conhecimento hoje acumulado sobre redes e comunidades de sentido podemos transformar esse ambiente em algo mais ativo, vivo e transformador. E vc, o que acha?

  • Paulo Thiago, 19 de janeiro de 2011 @ 20:14 Reply

    Prezado Leonardo Brant, alguns meses atrás eu enviei uma versão executiva de minha dissertação de Mestrado em Administração para o e-mail do site. Ela aborda uma visão da rede dos gestores de Pontos de Cultura na região do Grande Recife. Um resultado interessante que posso adiantar é que eles não são vistos como pessoas interessadas nos projetos uns dos outros na rede. De certa forma, não existe uma rede social, que é de fato utilizada, constituída pelos gestores dos Pontos de Cultura. Peço que me confirme o recebimento do texto intitulado: A CARACTERIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS E SUAS RELAÇÕES COM OS
    STAKEHOLDERS NA PERCEPÇÃO DOS GESTORES DOS PONTOS DE
    CULTURA NO GRANDE RECIFE – SUMÁRIO EXECUTIVO. Caso não tenha recebido, estou disposto a enviar novamente, basta indicar um e-mail adequado para isto.

  • Afonso Oliveira, 19 de janeiro de 2011 @ 23:48 Reply

    Léo,
    As diversas redes que os Pontos de Cultura criaram trabalham em ambientes que são caracterizados por uma intensa atividade de trocas, principalmente no campo da produção, da difusão e da pesquisa. Obviamente não estão funcionando na sua plenitude e podemos desenvolver diversar idéias que você apresenta, mas não a ponto de haver uma refundação. Não vejo como possivel construir uma rede viva a partir de uma refundação, pois nem mesmo uma mobilização para que o uso do software livre fosse implantando conseguiu atrair essas redes que são mais organicas e menos organizadas.
    Há sim uma grande necessidade do Ministério da Cultura trabalhar com métodos mais simples e eficazes de governaça, que nada tem haver com mudanças de leis, para trabalhar com os Pontos de Cultura.
    Antes de se querer trabalhar a conexão com outros ministérios, o MinC precisa trabalhar em rede interna, integrado. Não será fácil o desafio de Antônio Grassi de conectar a educação e a cultura sem conectar as diversas secretarias e implantar uma estratégia que esteja acima dos interesses políticos.
    Como focar o trabalho na criação do artista sem desenvolver um método simples para atender de forma decente esses artistas, não vai adiantar mudar os objetos dos editais é preciso descomplicar e trabalhar com organização.
    A partir daí é possivel ter um atendimento universalizado. Os Pontos estão participando da implantação da Banda Larga.
    O que precisa ser refundado é a relação do Mercado com as possibilidades das industrias criativas dos paises emergentes, os mercados mais alternativos, aí incluo os Pontos de Cultura. Muitos pontos de cultura estão em total interação de produção e difusão construindo redes bastante produtivas e com potencias bastante desenvolvidas no campo da educação e da capacitação para a gestão e difusão. Aí é onde eu concordo com seu texto quando potencializar a capacitção para melhorar a relação com o estado(Minc), que precisa também ser capacitado.
    Será muito triste todos nós vermos um MinC trabalhando em um descompasso muito maior que o anterior com os Pontos de Cultura.
    Como fiquei quando li seu texto falando de uma refundação de rede dos pontos de cultura.

  • Paula, 20 de janeiro de 2011 @ 11:18 Reply

    Olá,
    Paulo Thiago, tenho muito interesse em ler a sua dissertação. Caso não se importe, solicito-lhe a gentileza de encaminhá-la para meu e-mail popsziviani@yahoo.com.br
    Desde já agradeço!

  • Afonso Oliveira, 20 de janeiro de 2011 @ 12:47 Reply

    Paulo Thiago,

    Também tenho interesse em ler sua dissertação. Caso seja possível enviar para o e-mail afonso.oliveira@yahoo.com.br
    obrigado

  • Leonardo Brant, 20 de janeiro de 2011 @ 13:27 Reply

    Olá Paulo, não recebi. Também tenho muito interesse. Posso me comprometer e ler, resenhar e disponibilizar a íntegra para os leitores de Cultura e Mercado, se vc concordar. Meu email é leonardo@brant.com.br. Abs, LB

  • JImmy Avila, 22 de janeiro de 2011 @ 20:22 Reply

    Agora, nao entender o que é arte ou oque faz de uma pessoa um artista é uma lacuna cultural e intelectual basica.

    Enfim, apenas quis dizer que tem muito nerd achando que entende de cultura/arte só porque esta dentro de um movimento muuuuito recente chamado Cultura Digital, que dentro da ENORME e milenar esfera ou Campo cultural ( como diria Bourdieu) representa talvez nao mais que 20 % se lá.

    E gritante o desconheciemento , leia -se INDIFERENÇA, desses nerds sobre a vivencia artistica , seja ela profissional ou mesmo amadora!

    Acham que desenvolver programinhas ou compartlhamento de musica na rede sao o mesmo que o todo complexo processo de produçao artistica !

  • zehma, 23 de janeiro de 2011 @ 0:24 Reply

    brant,
    escrevo para dizer-lhe que o que vc propoe ja existe.formal ou informalmente os pc’s são uma rede!sao uma rede nacional e sao em si mesmo uma rede,uma rede como umm rizoma, que se conecta e se desconecta de acordo com as necessidades, propor uma institucionalizaçao disso é uma ingenuidade. e sim , nos organizamos em foruns e em comissoes como a Comissão Nacional de Pontos de Cultura – CNPdC, pois é assim que a sociedade civil se organiza e pratica a cidadania democrática
    este ano vamos iniciar (por meio da CNPdC) duas campanhas nacionais: cadastro nacional de pontos de cultura ( pelo site que ja foi informado aqui) e outra pela Lei Cultura Viva para tornar os pc’s e o programa cultura uma politica de Estado.
    sabedor de seu know-how nom mercado da cultura, gostaria de, modestamente, sugerir a vc pensar/pesquisar mais pouco quando tratar de outros assuntos relacionados a cultura
    sds
    zehma
    GT AMAZONICO/CNPdC

  • Leonardo Brant, 23 de janeiro de 2011 @ 10:05 Reply

    Zehma, faço questão de anotar que os Pontos são redes, nasceram assim. Mas podem ser potencializados com ferramentas mais contemporâneas, enriquecendo sobretudo os processos de criação e gestão. Abs, LB

  • Rafael Francis, 24 de janeiro de 2011 @ 9:55 Reply

    Saudações culturais à tod@s desta lista de discussão que para mim sempre foi muito esclarecedora, não só neste tópico, mas em outros que aparecem no Cultura e Mercado.
    Faço parte de um projeto de Ponto de Cultura, como gestor, aqui na cidade que moro, São Miguel Arcanjo (SP), e gostaria de entender melhor o que o Leonardo Brant coloca como “ferramentas mais contemporâneas, enriquecendo sobretudo os processos de criação e gestão”.
    Outra coisa que gostaria de dizer, desta vez, e não questionar, mas é que vejo muitas discussões sobre cultura viva caírem em discussões partidárias ou ideológicas e esquecerem que a cultura vem antes de tudo e merece maior respeito, pois se essa fosse nossa preocupação quem sabe não estaríamos mais articulados? Quantos pontos não poderiam estar dando suas passadas sem depender de grana pública? E assim voltar à um de nossos, pelo menos de alguns, princípios, que é de autonomia. Pois sabemos da força que a cultura tem, sabemos que o mercado de entretenimento é um dos setores que mais crescem, mas às vezes falta algo para mostrar isso às nossas comunidades onde estamos inseridos.
    Gostaria de dizer que essas palavras estão aqui no sentido de pensarmos um pouco mais sobre o assunto, vou continuar acompanhando a discussão para o meu crescimento enquanto agente cultural.
    Aqui onde estou morando, uma pacata cidade do interior paulista, este projeto veio em boa hora, mas atividades paralelas foram levantadas a partir de nossas ações culturais do Ponto e outros trabalhos já começaram a surgir. Isso foi uma das coisas que mais me impressionou quanto ao caráter revolucionário desta política cultural que merece todos os aplausos para seus idealizadores.
    “Simbora, pra lida cultural”. Com respeito! Rafael Francis

  • Candida Botelho, 24 de janeiro de 2011 @ 10:16 Reply

    Ola Brant, Faz tempo não me manifesto, desanimada que fiquei com a eterna falta de verbas, de providencias legais que ajudem e não que penalizem os produtores culturais e os artistas. Fico pasma com as exigências ” em nome da lei” para se aprovar um projeto num pais de tanta corrupção. Quem trabalha direito é penalizado,

    Ser ” ponto de cultura”, passou por uma avaliação de comissões de estado da cultura, em parceria com o MINC.

    Entretano , minha organização ganhou o ” PONto de CUltura” , um projeto de excelente qualidade, assinei o contrato com um prazo para entregar a documentanção que faltava por inoperância dos representantes da cidade onde fiz o projeto.
    Dado o prazo, me matei para conseguir a documentação aprovada e esquecida sobre a mesa de uma procuradora da cidade, que não assinou, …a tempo. Mesmo com a promessa de receber até o final do dia, quando consegui viabilizar a documentação, meu contrato foi cancelado por uma tal de Barbara da Sec Estadual da Cultura de SP.

    Agiu essa moça sempre com ânimo de uma ditadora…foi desleal…e ainda cancelou um contrato assinado,cuja data estava dentro do acordo de apresentação, numa época dificil de se conseguir, pois foi na vespera do NATAL.
    A questão das Pontos de cultura é como idéia, boa, mas a falta de organização do governo, o não cumprimento da entrega de verbas no momento certo, a maneira despótica como são tratados todos esses envolvidos que lutam, a duras penas, para realizar e se profissionalizar, é no minimo indigno do povo brasileiro….

    Quando vamos mudar essa mentalidade, de que quem precisa é bandido, não importa a categorias ou a classe social???E que faz o governo????
    Recoloca uma ministro que renunciou por prevaricação, e por uso indevido no poder,…pasmem, volta como graduado ministro!!!!!

    O que fazer???

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