Vai demorar um pouco para que a Amazon instale suas operações no Brasil. A informação é da coluna “Painel das Letras”, do jornal Folha de S. Paulo. O acordo parecia mais certo há pouco mais de um mês. Surgiram, porém, divergências sobre condições comerciais que parecem desfavoráveis às editoras brasileiras.
Se o flerte virar negócio, deve ocorrer apenas para venda de livros digitais, e não físicos. Outra dúvida é como será o acordo para importação ou fabricação local do Kindle. A oferta do e-reader a preços acessíveis e em outras redes de varejo também é vista como fator indissociável para o sucesso da empreitada.
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Editores de livros e suplementos literários estrangeiros vêm ao Brasil a convite da Câmara Brasileira do Livro e da Apex para encontros em São Paulo e durante a Flip, em Paraty, que ocorre de 6 a 10 de julho. O objetivo é ampliar a visão que se tem lá fora da literatura daqui. “Passamos ao largo de muitos livros e escritores de valor”, diz Raphaëlle Rérolle, editora do “Le Monde des Livres”, do francês “Le Monde”. É semelhante a percepção de Edwin Frank, editor do selo NYRB Classics, da “New York Review of Books”, que outro dos visitantes.
Ambos lembraram de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Jorge Amado. Entre os contemporâneos, citaram Rubem Fonseca e Bernardo Carvalho.
*Com informações da Folha de S. Paulo