Reportagem do jornal Valor Econômico desta terça-feira (8/5) mostra como obras de arte moderna estão buscando espaço no mercado das artes plásticas no Brasil, que vem sendo dominado por artistas contemporâneos.
A arte moderna engloba a produção de artistas que eram jovens nos anos 1920, 1930 ou 1940. Di Cavalcanti viveu até 1976; Alfredo Volpi, até 1988. Hoje, com os artistas já todos mortos, marchands são garimpeiros. Fuçam coleções particulares, visitam casas de família, de olho nos espólios e heranças.
São capazes de analisar o legado de um artista e saber onde ele deixou sua melhor marca, além de escapar das falsificações que povoam o mercado. “Artista não faz obra-prima todo dia”, lembra Paulo Kuczynski, que conviveu com Volpi até o fim da vida, visitando com frequência seu ateliê.
Habituado a formar grandes coleções privadas – entre elas a sua própria -, ele abriu recentemente uma exposição com apenas oito telas de Di Cavalcanti (1897 – 1976). Concentrou-se no período que vai dos anos 1920 aos 1940, antes de o artista começar a se repetir e perder a força.
Ali estão obras especiais, como “Descanso dos Pescadores”, que passou décadas com a família do escritor José Lins do Rego (1901 – 1957) e que, pela qualidade e raridade, enche os olhos dos colecionadores.
“A Mulher do Caminhão”, tela que pertencia ao joalheiro Lucien Finkelstein, foi vendida antes mesmo de a exposição ser inaugurada. “Com a profissionalização do meio, já não basta a assinatura de um pintor. Colecionadores se tornaram bem informados, buscam as melhores obras da melhor fase de um artista”, diz o marchand.
Diante de altos preços alcançados por alguns contemporâneos, com as pintoras Beatriz Milhazes e Adriana Varejão encabeçando a lista, é possível que arte moderna se torne investimento atraente, dado que o risco envolvido é menor.
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*Com informações do jornal Valor Econômico