Uma prática, outrora experimentada apenas pela videoarte, vem aliando uma regra da fotografia com a possibilidade do audiovisual: o vídeo na vertical. A ideia tem se firmado graças a recentes inovações tecnológicas, como as câmeras fotográficas que gravam vídeos com altíssima qualidade e os iPads, e vem encontrando espaço no mercado. Muita gente aposta nela como uma nova maneira de se lidar com o audiovisual.
A ideia de verticalizar o vídeo começou a ser possível com a popularização, nos últimos dois anos, dos smartphones, que mandam e-mails, tiram fotos e filmam. A qualidade da imagem ainda era baixa nos primeiros modelos, mas surgia uma maneira real não apenas de gravar uma cena em pé, mas também de exibi-la. O limite da criatividade, então, expandiu-se.
A coisa passou a ficar ainda mais séria com o anúncio, no início do ano, do lançamento do iPad, o tablet faz-tudo da Apple. A proporção do aparelho segue o formato dos celulares, mas num tamanho maior – são 24 centímetros de altura, por 19 de largura – e com uma tela de alta resolução. Até 22 de junho, três milhões de iPads já haviam sido vendidos. Ou seja: atualmente, mais de três milhões de pessoas no mundo têm em casa um gadget perfeito para a exibição de vídeos na vertical.
Numa ponta, então, os iPads e celulares garantem a exibição. Na outra, câmeras como a Mark II cuidam da gravação. Essa junção fez surgir na internet o grupo Tallscreen, dentro do site de compartilhamento audiovisual Vimeo. Tallscreen, em inglês, significa “tela alta”, um contraponto ao usual widescreen, ou “tela larga”, como são chamadas as imagens de cinema. O grupo, criado há apenas quatro meses, reúne 99 artistas, fotógrafos e videomakers. Lá, eles se definem como uma “nova onda do videografismo”.
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Fonte: O Globo (André Miranda)