O mercado editorial movimenta bilhões de reais todos os anos e as grandes editoras de todo o mundo estão sempre com as antenas ligadas para captar o próximo best-seller. Os títulos internacionais chegam a ser leiloados e o maior lance dado por uma editora nacional tem o direito de publicá-los em seu país e lucrar muito com isso.
Apenas em 2011, os brasileiros compraram cerca de 500 milhões de livros, segundo pesquisa da Fipe/USP (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Para além do já consolidado setor, existe a literatura chamada “divergente”, que é tema de um seminário, entre os dias 12 e 15 de setembro, na Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima, em São Paulo.
O objetivo do encontro é abordar essa vertente literária que inclui escritores, ativistas, estudiosos e também leitores de produtos que fogem do mainstream, ou seja, são livres das amarras editoriais dos grandes grupos que predominam no mercado.
No dia 12, às 19h30, a especialista e professora de teoria da literatura, Heloísa Buarque de Hollanda, fala sobre “Literatura às margens do cânone”. O próprio conceito é objeto de controvérsia. Em alguns casos, a obra do autor se impõe ou contribui para que ele seja classificado como tal, ao passo que um único título é capaz de alçar um escritor a essa categoria.
O ativista Alessandro Buzo especializou-se em cultura de periferia e apresenta, desde setembro de 2011, o quadro “SP Cultura” no telejornal SPTV 1ª Edição, na TV Globo. Autor do blog Suburbano Convicto, ele fala no encontro do dia 14, às 20h, sobre a cadeia da literatura divergente, abordando todo o modo de produção até chegar ao leitor.
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*Com informações da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo