A Suécia se tornou o país que mais consegue usar as tecnologias da informação e da comunicação em benefício da economia e da sociedade, segundo a edição de 2010 do “Digital Economy Rankings”, estudo realizado pela empresa britânica Economist Intelligence Unit (EIU, ligada à revista The Economist) em parceria com a IBM.
O antigo líder, a Dinamarca, caiu para segundo lugar. Os Estados Unidos, que antes apareciam em 5º, agora estão em terceiro. O Brasil manteve-se na 42ª posição, atrás de países como Chile, Emirados Árabes Unidos, África do Sul e México. No total, 70 nações foram analisadas.
Após dez edições, tendo se iniciado em 2000, o estudo conclui que a conectividade “não é mais um luxo exclusivo para o mundo rico”. A conexão de banda larga tem ficado cada vez mais acessível, de maneira que, em 49 dos 70 países examinados, o preço da conexão rápida correspondia a menos de 2% da média de renda familiar mensal local. No ano passado, apenas 42 países estavam nessa situação; em 2008, só 33.
A pesquisa atribui uma pontuação para cada país, com base em indicadores sobre o uso da tecnologia da informação e da comunicação, divididos em seis categorias. A categoria de maior peso no índice é a da adoção da tecnologia pelo setor privado (pessoas em empresas), justamente o fator em que o Brasil tem o segundo pior desempenho.
O estudo dá peso de 25% à categoria “adoção [de tecnologia] pelas empresas e pessoas” (nesse ramo, o Brasil teve 4,93 pontos, enquanto a Suécia obteve 8,75), de 20% à “infraestrutura de tecnologia e conectividade” (o Brasil tem 3,6 pontos, seu pior resultado), de 15% ao “ambiente de negócios” (Brasil tem 6,66), de 15% ao “ambiente social e cultural” (Brasil: 5,73), 15% à política e visão do governo (5,7) e de 10% ao “ambiente legal” (6,1).
O Brasil não é líder nem segundo lugar da América Latina em nenhuma dessas categorias. As primeiras posições da região aparecem normalmente nas mãos de Chile, Argentina e México.
*Fonte: Agência Estado (Sílvio Guedes Crespo)