Com foco na produção latino-americana, a feira de arte contemporânea Armory Show (encerrada no domingo) – principal semana de arte de Nova York (EUA) – teve a presença de nove galerias brasileiras. Ela apostaram no evento, mas terminaram com a sensação de que o resultado poderia ser melhor, informa reportagem da Folha Online desta terça-feira (8/3).

Ainda que várias delas não tenham reclamado dos resultados financeiros, muitas criticaram a falta de contatos institucionais, ou seja, com museus e curadores. “Era só gente passando e passando. Parecia a Disneylândia”, afirmou Ricardo Trevisan, da Casa Triângulo, em uma referência ao público que circulava pelos pavilhões da feira.

Trevisan, que participou pela primeira vez do Armory Show, afirmou que no segundo dia do evento as vendas já tinham compensado o investimento da viagem para Nova York. “Mas a nossa função não é só vender, é divulgar o trabalho do artista.”

Os custos de expor em Nova York dependem de uma série de variáveis (como tamanho do estande, frete e estadia), em um investimento que inicia em torno de US$ 30 mil. O cálculo dos galeristas é que é preciso vender o dobro desse valor para sair sem perdas.

A falta de contatos institucionais também foi criticada por Camila Siqueira, da Galeria Leme, outra estreante da feira. Segundo ela, a feira de arte de Miami, que aconteceu no fim de 2010, teve muito mais relações com museus e as vendas também foram melhores.

Já Felipe Dmab, da Mendes Wood, que participou pelo segundo ano do Armory Show, disse que os contatos e as vendas foram bem melhores que em 2010, mas ainda assim abaixo do esperado pela galeria.

Expositores dos outros países latino-americanos também fizeram críticas semelhantes. O argentino Ignacio Liprandi, da galeria que leva o seu nome, disse que as vendas foram muito boas, mas que não foi procurado por nenhum museu.

*Com informações da Folha Online


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