A 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que terminou no último sábado (29/1), teve como tema “Inquietações Políticas”. Seguindo essa proposição, cerca de 50 realizadores, produtores e pesquisadores reunidos no evento lançaram um manifesto em prol do fomento à produção cinematográfica.
Estive presente nos primeiros dias da Mostra e participei de alguns debates, sobretudo o do Fórum de Festivais (que reconduziu Franciso Cesar Filho como presidente) e o encontro de entidades do cinema, que promoveu um balanço das políticas para o audiovisual e lançou perspectivas para os próximos anos.
Como resultados das inquietações e propostas apresentadas durante a Mostra, que abre o calendário de festivais no Brasil e recebeu a visita da Ministra da Cultura apresentando sua nova secretária do Audiovisual Ana Paula Santana, foi elaborada a Carta de Tiradentes, que aponta para cinco prioridades para o novo MinC:
– Criar linhas específicas de fomento para formatos de produção que primem pela inovação técnica e artística, com orçamentos de menor porte;
– Desenvolver uma política de fomento específica para a distribuição e exibição de filmes de baixo orçamento, incentivando a estruturação comercial de empresas distribuidoras que se dediquem a este segmento;
– Valorizar e ampliar as instâncias formuladoras de políticas para o setor, que reconheçam a pluralidade dos modos de produção e contemplem uma maior representatividade de todos os agentes;
– Fortalecer e equipar os espaços de produção inclusiva e democrática, dos Pontos de Cultura aos CTAv’s;
– Construir uma política unificada e ousada de internacionalização de nossa produção, articulando um conjunto de ações para consolidar a presença internacional de nosso cinema de modo planejado e integrado.
Clique aqui para ler a íntegra do documento.
1Comentário