Um grupo formado por nove dos 15 membros titulares e mais três suplentes do Colegiado Setorial – que representa as cadeias criativas, mediadora e produtiva, da Fundação Biblioteca Nacional -, assinaram uma carta enviada à presidente Dilma Roussef, denunciando supostos desvios no Setor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura e da FBN.
A carta compara investimentos realizados no setor entre 2010 e 2011 e afirma que estruturas importantes foram desmontadas pela atual gestão do MinC. O documento acusa a FBN de “se curvar ao comércio de livros” e focar as políticas públicas no atendimento de “interesses imediatos do mercado editorial”.
De acordo com a carta, os problemas teriam começado com a chegada de Galeno Amorim à presidência da instituição, em 2011. Com isso, segundo os representantes, teria se iniciado uma centralização das políticas públicas de livro, leitura e literatura.
Os participantes do Colegiado Setorial apontam que mais de 70% da verba prevista para 2011, foram investidas em ações que beneficiam editoras, como compras de livros e feiras. Além disso, dos R$ 30 milhões aprovados em 2010 e orçados no Fundo Nacional de Cultura (FNC) para a área, foi executado apenas um edital, de R$ 3 milhões, para pequenas e médias livrarias.
O Plano Nacional do Livro e da Leitura, segundo o texto, também estaria estagnado desde a saída do secretário executivo José Castilho, em abril de 2011.
Procurada pela reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a FBN informou que no próximo dia 23 serão anunciados investimentos “expressivos” e que o valor destinado ao fomento à leitura será “bem maior” que o destinado a aquisição de acervos.
A entidade também afirmou que, no ano passado, o Plano Nacional do Livro e da Leitura obteve o maior avanço desde sua criação, em 2006, ao passar a ser regido por decreto presidencial, e que as “informações sobre números e orçamentos [citadas na carta] carecem de maior precisão”.
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*Com informações dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo