Próximo sábado (2/7), às 14h, o Coletivo Marcha da Maconha de São Paulo realiza nova manifestação por mudança na Lei de Drogas, na Avenida Paulista.
A novidade é que, depois de quatro anos seguidos de marchas proibidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sob alegação de apologia ao crime, a manifestação dessa vez ocorrerá sem nenhuma censura.
Será a primeira manifestação pela legalização da erva que acontece depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou por unanimidade, no dia 15 de junho, a realização de marchas da maconha no Brasil. O entendimento geral foi de que a proibição de passeatas que contestem qualquer legislação é um atentado à democracia e à liberdade de expressão, garantida na Constituição brasileira de 1988. Sendo o STF o órgão máximo de jurisprudência do país, as marchas da maconha não mais poderão ser proibidas em nenhuma outra instância jurídica.
A Marcha da Maconha é uma manifestação pública que defende a regulamentação do plantio, distribuição e uso de cannabis. Defende que haja leis regulamentadoras das atividades relacionadas ao cultivo e ao comércio de maconha. Que a pesquisa com cannabis para fins medicinais seja permitida, e que seja usada nos tratamentos já comprovadamente viáveis. Defende que o consumo e a propaganda sejam restritos, assim como com o tabaco e o álcool.
A marcha vai às ruas na principal avenida da cidade, consolidando a recente tradição de retomada das ruas como espaço de debate político por parte da juventude.
Em 2011 a Marcha da Maconha foi organizada em mais de 250 cidades do mundo, incluindo 20 cidades brasileiras. O movimento cresce ano após ano, com aumentos no número de manifestantes e cidades, que passaram de 12 para 20 entre 2010 e 2011.
O Coletivo Marcha da Maconha São Paulo convoca todos os paulistanos para a manifestação, ressaltando que para a realização do evento é necessário prestar a atenção alguns pontos:
– Não portar substâncias ilícitas – portar drogas ainda é crime, dentro e fora da Marcha;
– Levar cartazes, faixas, artes, música e cultura – a Marcha é livre, crie sua forma de se expressar;
– Não jogar panfletos na rua. Reutilizar e reciclar.
