Foto: Maxlevay
Com receio de ser engolido pela proposta preparada por José Sarney para alterar a Lei Rouanet, Juca Ferreira pediu apoio ao presidente do Senado, em audiência nesta semana. Em divulgação à imprensa o ministro  garantiu ao oligarca prioridade na leitura do projeto que será encaminhado ao Congresso. Na prática significa que Juca resolveu adotar o projeto de Sarney.

No material divulgado à imprensa o Ministro declarou que o projeto “será apresentado ao presidente do Senado dentro de 25 dias. Juca Ferreira disse que o presidente do Senado conhece a realidade brasileira e por isso pretende dar prioridade ao senador para que ele estude o projeto com antecedência”.

Para justificar a benção ao criador da primeira lei de incentivo no Brasil “o ministro acredita que com as mudanças sugeridas com o novo projeto de lei os recursos disponíveis para a cultura brasileira passarão dos atuais 0,6% para 2% ou até 4% do Orçamento da União”, diz a nota, que promete injetar mais de R$ 7 bilhões na cultura brasileira via Vale Cultura.

Quem viver verá.


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

2Comentários

  • Ricardo Trento, 24 de maio de 2009 @ 9:37 Reply

    Outro Vale? Cultura?
    E quem irá garantir que esse vale será usado realmente para consumir produtos culturais. Cinema, teatro, cds… mais dinheiro para bilheterias “hollywodianas”, o preço do teatro já é mais baixo que dos cinemas e mesmo assim esta grande massa de 7 bilhões troca o teatro pela cerveja do final de semana, e na boca do caixa quem irá controlar a compra dos cds, dvds, multimídia?… Tem gente que paga bebida com vale alimentação no mercado… agora imaginem como será este vale cultural?

  • Clorindo Valladares, 25 de maio de 2009 @ 11:59 Reply

    Caro Leonardo,
    sugiro que as contrapartidas previstas tenham como incentivador o poder público em percentuais decrescentes em função das dificuldades de captação de recursos.
    Teriamos, portanto, garantido o espaço já conquistado e o aumentariamos.
    Com um abraço do Clorindo Valladares
    http://www.arteecultura.com.br

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