O Ministério da Cultura publicou no Diário Oficial da União (Seção 2, página 6) desta sexta-feira, 26 de setembro, os nomes dos membros da Comissão de Seleção do Prêmio Culturas Populares 2008 – Mestre Humberto de Maracanã.  A Comissão, quase toda composta por funcionário do MinC, não conta com nenhum membro da sociedade civil e se reunirá de hoje (29) até o dia 1 de outubro, em Brasília. Em pauta, a avaliação e seleção das mais de 570 iniciativas inscritas e habilitadas à premiação. Segundo o Ministério, “os procedimentos técnicos e operacionais definidos preliminarmente pelo Edital, tais como a distribuição regional das iniciativas premiadas.”

Serão selecionadas as 190 mais significativas. Para cada uma das iniciativas será destinado o valor de R$ 10 mil, totalizando um investimento de cerca de R$ 2 milhões em projetos culturais, distribuídos entre as seguintes categorias: Mestres, Grupos Formais e Grupos Tradicionais Informais.

Veja abaixo os titulares da Comissão de Seleção:
 
Alberto Tsuyoshi Ikeda – Universidade Estadual Paulista;
Américo José Córdula Teixeira – SID/MinC;
Ana Maria Angela Bravo Villalba – SID/MinC;
Cecília Mendonça – Representação Regional de São Paulo do Ministério da Cultura (RRMG/MinC);
Francisco Simões de Oliveira Neto – Conselho da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura;
Daniel Castro Dória de Menezes – SID/MinC;
Eliane Borges da Silva – Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC);
Geraldo Vitor da Silva Filho – SID/MinC;
José Jorge Carvalho – Universidade de Brasília;
Júlia Guedes Frazão – Fundação Nacional de Artes (Funarte/MinC);
Marcos Braga – Secretaria de Programas e Projetos Culturais (SPPC/MinC);
Maria Acselrad – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco;
Maria Virginia Casado – Unesco;
Reinaldo Guedes Machado – Universidade de Brasília;
Ricardo Gomes Lima – Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan); e
Sérgio Andrade Pinto – Secretaria de Articulação Institucional (SAI/MinC).
 
Suplentes
Leila Fátima Portugal Ribeiro – Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic/MinC)
Angéliza Salazar Pessoa Mesquita, Giselle Dupin, Patrícia Dornelles e Thaís Werneck – SID/MinC.

Prêmio Culturas Populares – O concurso, que integra o Programa Identidade e Diversidade Cultural – Brasil Plural, resulta da busca pela implementação de políticas públicas para a proteção e promoção da diversidade cultural no Brasil. É fruto das discussões entre segmentos da sociedade civil, instituições vinculadas ao MinC e os próprios protagonistas das culturas populares.

Homenageado – Em 2008, o grande homenageado do Prêmio Culturas Populares é o cantor e compositor Humberto de Maracanã. Nascido na capital do estado do Maranhão, em 2 de novembro de 1939, mestre Humberto é um dos maiores divulgadores da cultura popular maranhense, em especial, do Bumba-meu-boi – dança folclórica que combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.

Mais informações através do telefone  (61) 3316-2129 .


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

1Comentário

  • Carlos Henrique Machado, 2 de outubro de 2008 @ 10:32 Reply

    Essa é a grande falácia no Brasil. O Estado e o governo põem a cultura da sociedade em jogo, mas o baralho continua nas mãos do mesmo conceito. Isso só nos revela que falta muito nessa caminhada rumo a uma democracia concreta e real. Essa liberdade vigiada, com o Estado e o governo trombeteando as suas cornetas para o toque de recolher, é coisa comum, é da nossa tradição da eterna casa grande e sua senzala. As comissões folclóricas são também uma beleza, no estado do Rio, então!

    A verdade é que, quando falamos no mercado cultural, principalmente no emprego fixo, esquecemos de contabilizar uma legião de aspones culturais. O Brasil precisarabandonar este modelo de fazer da cultura de muitas comunidades bens como mote de barganha política e mantê-las no mesmo estado para sustentar o emprego de muitos. Vou insistir na tecla, o Brasil precisa formular políticas inteligentes que contribuam para uma economia saudável da cultura e, para isso, o governo terá que implantar uma logística que contemple a todos e escoe a produção, para que o mercado crie uma dinâmica própria. A cultura brasileira precisa dessa infra-estrutura, assim como a agricultura, a indústria de um modo geral dependem do escoamento de um mercado interligado, é aí que o governo tem que atuar, ligar o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, com inúmeras formas de estímulo à produção e deixar a cultura com a sociedade. Ela saberá, como sempre soube, escolher seus rumos. O que ela precisa é de um start nos investimentos, um planejamento sóbrio que possibilite a independência do mercado cultura, do contrário, ficaremos aqui vendo o vôo da galinha dos ovos de ouro de meia dúzia. Precisamos de um plano estratégico nacional para o desenvolvimento de um mercado cultural de fato e de direito.

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