Não pertenço a nenhuma tribo ou religião. Comecei a eliminar a carne do meu cardápio por questões de bem-estar pessoal. Simplesmente me sentia melhor sem carne. Mais leve, com maior vitalidade, sem o peso da digestão. Isso não faz de mim um ativista, mas não me impede de refletir sobre os efeitos pessoais e sociais de uma vida sem (ou com menos) carne.

Apesar de ter passado um período mais radical, vivendo sem álcool, café, glúten e lácteos, a dieta mais adequada para mim é a do equilíbrio e do bom senso. Quando exagero, faço jejum, volto a essa dieta higienista e retomo o bom funcionamento do organismo.

Assim como a cultura do automóvel, a cultura da carne é algo central em nosso sistema socioeconômico, símbolo de um processo civilizatório baseado na propriedade e na crença da superioridade humana sobre todas as outras formas de vida. E da nossa supremacia cultural sobre nós mesmos, justificando guerras, violências, descasos, abandonos.

Isso faz com a população de gado no Brasil, por exemplo, seja maior que a de humanos, e sirva única e exclusivamente para provê-lo de couro, derivados de leite, carne, além de outros alimentos e produtos, das vísceras ao mocotó. O mesmo se aplica aos frangos, patos, porcos, carneiros e ovelhas, que devem sua existência tão somente como fonte de alimento ao ser humano.

Cada vez mais o processamento da carne se dá modo industrializado, o que resulta em desequilíbrio ecológico, a ponto de se configurar como uma das principais causas do buraco na camada de ozônio e do aquecimento global. Mais água, mais pasto, mais produção de ração, mais desmatamento, mais gases metano.

Assim como a indústria do automóvel, a da carne tem uma relação de causa e efeito com o invetitável abismo entre pobres e ricos no mundo: se todos comerem carne e utilizarem automóvel diariamente, o planeta explode.

Recentemente o Brasil se tornou o maior produtor mundial de carne. Isso diz muito sobre o modelo de desenvolvimento que estamos construindo. E a nossa atitude diante disso diz mais ainda sobre o lugar que ocupamos no planeta.

Sustentabilidade não é algo para delegarmos às empresas e cobrarmos dos governos. É, antes de qualquer coisa, uma questão de cultura e cidadania. Como consumir, como votar e participar da construção das políticas públicas é a questão vital para a vida em sociedade e para a construção da democracia.


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

35Comentários

  • Badah, 17 de julho de 2010 @ 0:32 Reply

    Penso que a cultura da carne, do automóvel etc são sintomas ou reflexos de uma cultura maior, baseada no nosso sistema produção. Nessa cultura o conceito de sustentabilidade se esvaziou antes mesmo de nascer e o desequilibrio com o meio, com os outros e com nós mesmos assume as mais diversas formas.

    Se fossemos apenas seres que transferem subjetividade a objetos comercializaveis ou se sentem superiores a outras especies, estaria ótimo (menos pior). Há pouco tempo atrás era perfeitamente legal e normal escravizar outros seres humanos, da mesma espécie. Há quem diga que os sistemas de escravidão ainda imperam camuflados, estão apenas mais sofisticados e que esse sistema de produção vigente não tem capacidade de sobreviver sem algum tipo de escravidão.

    Acho também que essas culturas só se tornam visiveis quando surge um contra-cultura correspondente. Ou ainda, uma escolha só se torna uma escolha quando conseguimos visualizar uma outra opção. Antes disso é apenas sobrevivência. Sobrevivência não é uma escolha. E sustentabilidade não deveria ser uma escolha pois ela nunca esteve separada da sobrevivência.

    O problema da cultura da carne não seria o mesmo problema do sistema de produção que a origina? A desconexão entre o que eu como e a sustentabilidade do planeta ou da minha saúde não é a mesma que existe entre tudo o que eu produzo e consumo? Ou este seria sim um problema moral, religioso ou estético?

    Se parar de comer carne e andar de carro ajuda a restabelcer algumas conexões, porque não discutimos o sistema que gera estas e todas as outras desconexões? Ou assim como a sobrevivência, o capitalismo não é uma escolha?

  • Christiano Scheiner, 17 de julho de 2010 @ 14:08 Reply

    Um texto como esse é um presente em dias de inverno :) um abração e bom final de semana!

  • diogo granato, 17 de julho de 2010 @ 14:18 Reply

    será que a cultura do automóvel e a cultura da carne não são na realidade partes da cultura do consumismo desenfreado, que gera a necessidade da industrialização de seres vivos?

    após ler “Eating Animals”, que é a melhor defesa ao “vegetarianismo” que já vi, afinal aqueles péssimos documentários como “A Carne é Fraca” e “Terráquios” são recheados de falácias e fatos distorcidos. reparei que mesmo um escritor bom costuma colocar o consumo de carne como causa da indústria da carne. A produção de carne é muito maior que o consumo, a industria da carne não alimenta as pessoas, alimenta a necessidade consumista de termos trinta tipos de carne em uma praça de alimentação.

    o capitalismo gera a cultura do exesso, o consumo de carne não causa problemas para o planeta, mas a cultura do exesso causa em diversos aspectos, sendo um dos piores no factory farming.

    do ponto de vista da saúde são outros quinhentos… afinal morfologicamente fomos feitos para comer carne, mas em contrapartida também somos morfologicamente caçadores.

  • Arthur, 18 de julho de 2010 @ 10:15 Reply

    Muito bem colocada a posição do leitor Badah. Eu teria muito pouco a acrescentar nela e, mesmo assim, não iria alterar a essência dela.
    Parabéns, Badah !

  • safrany, 18 de julho de 2010 @ 16:07 Reply

    Os argumentos de Badah são precisos e o diogo granato também completa corretamente, o pior são os excessos produzidos pela economia de mercado, visando exclusivamente o lucro, a mais-valia, do que as necessidades humanas, da vida e do planeta.
    Ainda vivemos sob o signo da barbárie, muitíssimo pior do que aquela dos antepassados, mas, continuamos na fase pré-histórica, como bem frisou Karl Marx. Quanto entrarmos na era da verdadeira civilização, se a humanidade sobreviver ao capitalismo/depredação de tudo, quem sabe a inteligência e o bom senso encontrarão o equilíbrio necessário e, assim não precisaremos mais sacrificar tantos seres e, menos ainda, milhões de seres humanos pela sua condenação para servir a uma minoria de privilegiados!

  • Leonardo Brant, 18 de julho de 2010 @ 16:17 Reply

    Com certeza. A questão é mais profunda, mais antiga e mais difícil de resolver. Mas estamos aqui diariamente falando de cultura, mercado cultural, políticas culturais e não nos damos conta do quanto contribuímos para o reforço de uma cultura homogênea, baseada no controle, na concentração, no consumo e no desequilíbrio ambiental. Por isso vim falar da práxis, ou seja, de como traduzir isso tudo para a nossa vida prática e cotidiana. Ou então de nada servirá a consciência, se não provocar mudanças efetivas de atitude. Tanto o artigo do automóvel quanto este tentam trazer a discussão para o campo da práxis.

  • Maíra Vaz Valente, 18 de julho de 2010 @ 16:38 Reply

    Parabéns Leo!

    Faço das tuas palavras aa minhas e de muitos amigos. Já é postura de uma pequena parcela crescente da classe média paulistana que adere paulatinamente tal meio de vida por não concordar com tamanha alienação desse sistemas que nos engole!

    Fazemos já parte de uma cadeia que se coloca contra a forma de produção nas atitudes sim, modificando hábitos cotidianos princialmente. Ainda que pequeno o número pessoas que pensam assim: cortar a carne bovina, suína e de frango é um boicote poderoso. Há pelo menos 3 ou 4 anos adotei essa mesma postura, pelos mesmos motivos, e penso (pq não conseguiria contabilizar) quantos animais foram poupados, o quanto de pasto a menos foi criado e quanto menos lixo foi produzido, o quanto menos de Amazônia foi devastada, o quanto menos de monóxido de carbono foi produzido, quantos litros de água não foram poluídos… o quanto apenas uma pessoa pôde provocar de modificação e transtornar um statment de sistema de produção. E se multiplicarmos por 10, 100 ou 1000… é diferença sim!!!!

    Não adianta criticar somente o sistema, precisamos tomar consciência o quanto cabe da responsabilidade individual nessa cadeia maior. É possível modificar parte de um sistema de produção maior quando nos questionamos sobre tudo aquilo de material que pensamos ser necessário para o nosso conforto; ao reduzir consumo de cada coisa em nossas vidas; diminuir 5 minutos de banho diário; ao fechar a torneira quando lavamos a louça ou escovamos os dentes; ao reutilizar matéria prima; ao carregar canecas em nossas bolsas para evitar os copos plásticos descartáveis; ao negar excessos de embalagens; ao promover trocas daquilo que já não usamos entre amigos;ao optar pelo transporte público, ao votar, etcetcetc.

    Agora, vale lembrar que sua reflexão vai de encontro ao novo código Florestal que permite maior desmatamento. Sabemos muito bem que é em detrimento do agrobusiness, da pecuária extensiva da soja e tantas coisas implicadas nisso tudo que resultam num modus operandisde produção que tende a colapsar o meio ambiente, a saúde pública, a democracia e a justiça social, como a preservação de culturas tradicionais!

    obrigada por acreditar que cada um pode fazer a diferença!

    abraço grande!

  • RosaRasuck, 18 de julho de 2010 @ 17:00 Reply

    Posso considerar a práxis como “prática consciente”, um passo além de simplesmente fazer cotidianamente? A prática do consumo nos remete às questões de renda, da mídia, do consumo dirigido por ela, modismos…que nos leva ao desequilíbrio ambiental, por provocar mais produção insustentável de tudo que se consome, do leite aos carros.
    A práxis nos levaria a repensar o consumo pessoal – torná-lo responsável -, ao manejo doméstico do nosso lixo, ao uso preferencial do transporte coletivo, ao fazer cultural também sustentável, e por aí vai, onde for nossa consciência.
    E está aqui a grande questão: onde estará ela? Que tipo de consciência tem a maioria de nós? Que tipo de consciência a educação e as práticas culturais estão produzindo? Penso nas desconexões às quais se refere o Badah e pergunto: esse capitalismo que nos leva a agir do jeito que agimos, é uma escolha à qual fomos levados por causa da sobrevivência? Quisera ter uma resposta simples, porém, que não seja simplista…

  • mirna, 18 de julho de 2010 @ 17:07 Reply

    Concordo plenamete com você… eu não como carne já há mais de vinte anos; e não faz falta…é uma das minhas contribuições(pequena) pelo planeta!

  • Lucca, 18 de julho de 2010 @ 18:34 Reply

    Sr, Leonardo,

    com tanta coisa a falar sobre os Direitos Autorais que estão distribuindo por assistencialismo através da nova lei dos Direitos Autorais o senhor escreve sobre a cultura da carne?

    O senhor deve viver de brisa ou de padrinhos, por que todo artista consciente ou que pense. geste, de fato a cultura está embuído dessa discussão e não de discutir a carne que o senhor deixou de comer.

    Santa Paciência, Batman!

  • Leonardo Brant, 19 de julho de 2010 @ 3:39 Reply

    Lucca, a discussão sobre cultura da carne, do automóvel, do consumo, é proposital. O asssunto é serio, mas há uma evidente ironia, quase um deboche. Desculpe se não ficou claro. Precisamos cuidar do que vamos comer, como vamos nos locomover, o que vamos consumir. Ou vamos deixar de expressar livremente e submeter nossa verve aos designios dos bem afortunados e poderos que assaltaram a cultura brasileira? Devemos agir como Gandhi, que quebrou a indústria têxtil inglesa encorajando o povo a fabricar a própria roupa. E promoveu a independência do seu país colhendo sal com as próprias mãos. No fim, tudo aqui se resume a uma pergunta única: como o artista vai sobreviver a isso tudo? Abs, L

  • otavino alves da silva-, 19 de julho de 2010 @ 9:12 Reply

    Muito bom o texto,vale a pena aprofundar mais.Que bom encontrar um internauta irreligioso como eu veja meu perfil no Orkut,abrço maior do que nosso país

  • Marta Caputo, 19 de julho de 2010 @ 9:21 Reply

    Prezado Leonardo,
    Acompanho regularmente sua produção intelectual e congratulo-me com você pela pertinência dos temas e pelas abordagens tão oportunas, convidando-o a conhecer o projeto do Fórum Empresarial de Responsabilidade Social e Sustentabilidade de Bauru (www.fress.com.br), na expectativa de, em alguma ocasião, tê-lo aqui conosco para uma palestra.
    Abraços,
    Marta Caputo
    Coordenação Acadêmica
    FERSS – Bauru

  • Luciane, 19 de julho de 2010 @ 10:12 Reply

    Caríssimos,

    muito legal esta discussão, porque ser artista é ser co e re criador do Planeta onde vivemos e isso passa por cada atitude cotidiana.

    Não comer carne, não comprar de empresas que compram votos, que manipulam e exploram as pessoas, separar e reciclar o lixo, não falar mal das outras pessoas, …, são ações que pintam um mundo mais bonito!

    Esta esta sendo nossa antítese à tese do consumismo e da inconsequencia, assim geraremos uma nova tese, um novo mundo, mas se ficarmos achando que somos andorinhas sozinhas e desistirmos… não haverá praxis!

  • Vinicius, 19 de julho de 2010 @ 10:14 Reply

    É impressionante como de uns 30 anos para cá, notar o seguinte:
    Tudo o que sempre fizemos por anos, séculos até, nada está correto. O pseudo conhecimento atual sim é um vício cultural de pessoas que se auto intitulam cultas. São matérias de como fazer o café corretamente (nossas mãs e avós estavam erradas), maneiras corretas de cozinhar o arroz, maneiras corretas de educar filhos e por aí vai. Isso sem falar nas teorias da conspiração, como por exemplo, a “industria farmaceutica” que compra médicos para que tomemos remedios e oprime homeopatas e perfumarias afins.

    Pois bem, carne está no mesmo pacote. Os seres humanos que somos hoje, o desenvolvimento que tivemos desde as cavernas, é devido entre muitos fatores à alimentação carnívora. Proteína de carne é diferente de proteina vegetal, ponto. Pergunte a qualquer pediatra que não seja um hippie holístico (isto é, sério) a possibilidade de com um bebê não ter em sua dieta a carne…

    Tudo questão de bom senso. Textos como esse, tentam racionalizar ou dar uma máscara glamourosa de conhecimento ao que é simples.

  • Oscar Neves, 19 de julho de 2010 @ 15:11 Reply

    Gostei muito do tema “Cultura da Carne”, pois, depois dos meus cinquentinha acordei, percebi que realmente a carne não nos faz falta e que é ela um grande vilão do nosso meio ambiente.
    Parabéns Leonardo pela abordagem.

  • Bárbara, 19 de julho de 2010 @ 15:53 Reply

    Realmente; a cultura da carne deveria sim ser aderido por todos, já que são tempos de sustentabilidade. Isso não é questão do individual apenas, e sim algo muito maior, algo que chamamos de Terra. Existem tantas coisas inúteis que a população se importa e algo tão simples como diminuir o consumo de carne, não é feito. Ninguém vai morrer deixando de comer carne todos os dias, poderá até diminuir o risco de doenças. A população deve parar de esperar por algo maior que resolva tudo, o que nunca virá, e fazer o seu.

  • Ronaldo, 19 de julho de 2010 @ 17:09 Reply

    Ao Vinícius, Diogo Granato e demais.

    Proteína é protéina e ponto, ou seja um conjunto de aminoácidos, sujiro se informar melhor. Quanto aos bebês o meu já é um garoto de 4 anos, jamais consumiu nada, absolutamente nada de origem animal, é um garoto saudável, o mais alto de sua turma (não que os pais também sejam) e um ser humano muito carinhoso.

    Não se esqueça que a sociedade também “evoluiu” às custas de racismo e sexismo e nem por isso continuamos à defender tais práticas, o que se prática atualmente é o especismo e se isso ainda não é o bastante faça uma conta de matemática bem simples:

    1 espaço para plantar 1 vegetal para 1 ser humano é = a 1 espaço.

    ≠ de 1 espaço para plantar 1 vegetal para alimentar 1 animal + 1 espaço para o animal viver + 1 espaço para trucidar suas tripas + a quantidade de água elevada pelo menos á 8ª potência de consumo de água para dar de beber ao animal + regar o vegetal que o animal irá comer + desperdiçar água lavando carcaças + poluição ambiental que tudo isso gera para 1 indivíduo antropocêntrico comer 1 bifinho.

    Como você bem disse é simples, é só fazer a conta.

    Para não mencionarmos os “hippies holísticos”, aqui citados por você
    de forma extremamente infeliz, sugiro que atualize seu banco de dados com o “Livestock´s Long Shadow” da “Food and Agriculture Organization of the United States, veja bem, não é um “livrinho” é um documento oficial, se ainda isso não lhe apetecer a consciência vegetariana sugiro a recente publicação do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU sobre o impacto da pecuária nas mudanças climáticas, assim não cito fontes “hipongas”, alías fica a dica também ao Diogo Granato “morfologicamente caçador”, já que na concepção dele caçador é um covarde que delega sua função à alguém que tenha mais coragem e que esteja disposto a fazer o serviço sujo em troca de seus trocados que não pagam nem de longe o custo ambiental que deveria ser cobrado no preço da carne, assim ele também não precisa assistir documentários distorcidos e nem ler “livrinhos”, pois agora já há documentos oficiais sobre o assunto.

    Ser vegetariano consciente está muito além de não comer carne, informem-se.

    Um abraço vegano.

  • Michelle Farias, 19 de julho de 2010 @ 22:29 Reply

    Adorei a discussão e ainda bem que existe um crescimento da conscientização em relação à necessidade de melhorar a alimentação e a preocupação com o crescimento desenfreado do consumo de todos os produtos, mas infelizmente os meios de comunicação que serviriam para alertar e informar a maior parte da população, ainda por fora de todos os acontecimentos relacionados a cultura de consumo, está induzindo a população a consumir mais e mais. E ainda ser vegetariano ou vegano saudável é muito caro e convenhamos, a maior parte da população brasileira é muito pobre e não teria condições de sobreviver sem uma educação essencial para poder combinar proteínas, vitaminas e carboidratos de origem vegetal onde não faltem nutrientes fundamentais para o desenvolvimento do ser humano.

    Torso por uma sociedade mais consciente de seus atos mas pra isso a educação e a comunicação é a nossa primeira arma.

    Abço

  • ducastan, 20 de julho de 2010 @ 7:17 Reply

    ISSO É FORMIDÁVEL AMEI ESSE TEXTO NÃO TENHO CARRO NÃO COMO CARNE E NÃO BEBO SOU FELIZ.

  • Gabriela Casartelli, 20 de julho de 2010 @ 10:21 Reply

    Saber que ainda tem pessoas como você e como várias que comentaram acima me emociona. Me emociona como uma pauta sobre comer ou não carne pode levar as pessoas a pensarem sobre diversos outros assuntos sem mesmo assim nunca sairmos daquela mesma pauta principal. Me emociona que as pessoas não se surpreendam mais com o vegetarianismo, mas me surpreendo com a ignorância delas em relação ao relflexo que o consumo de carne tem no mundo.
    Me tranquiliza e me faz um pouco mais feliz saber que existem (muitas) pessoas como vocês e como nós (lá em casa) pensando mais a fundo no prato que come, na roupa que veste, nas coisas que diz e na forma como trata as pessoas. Obrigada por dividirem.

  • maikel rosa, 20 de julho de 2010 @ 10:33 Reply

    o último parágrafo resume bem toda a questão, principalmente nesta frase: “sustentabilidade não é algo para delegarmos às empresas e cobrarmos dos governos”

    chega de esperar pelos outros

  • João Meirelles, 20 de julho de 2010 @ 19:18 Reply

    Gostei. Ofereço esta reflexão: No faroeste mundial o Brasil é o menino-da-porteira
    ou a A tragédia anunciada da Amazônia

    O Brasil é o menino-da-porteira. O menino-da-porteira vai a Copenhagen. A boiada passa, a fumaça aumenta, e o Brasil nada faz. Quando tratamos de índices de desmatamento e queimadas estamos apenas medindo a febre do doente, e nada mais. Não atacamos as causas.
    Para Copenhagen o Brasil leva a fumaça e números incompreensíveis (porque não se baseiam na realidade). A causa do desmatamento da Amazônia e da contribuição do setor agrícola: a pecuária bovina extensiva, desmatadora e queimadora não está na pauta, não há propostas para conte-la.
    E este é o Brasil que quer adquirir o status de líder mundial. O menino-da-porteira. Não tem coragem de fechar a porteira da Amazônia e do que ainda resta do Cerrado e da Caatinga. Não quer sair de cima da porteira, prefere ficar com seu estilingue açoitando os passantes.
    Neste Brasil-do-faz-de-conta as contas são aquelas da sopa de pedras de Pedro Malazartes! Faz de conta que ninguém vê a boiada pastando no que era floresta. Faz de conta que as 80 milhões de cabeças de gado pastando sobre o que um dia foi floresta amazônica não afetam o nosso clima, o nosso bolso, o nosso brio.
    Boiada é o que se pode chamar o aumento do rebanho bovino da Amazônia, de 1 milhão para 80 milhões de cabeças, em menos de quatro décadas. E isto, com índices de produtividade próximos de 1 unidade animal por hectare! (Pior: mesmo que esta eficiência dobrasse, continuaria ineficiente, ou seja, seriam precisos 50 anos para sermos eficientes e não dispomos deste tempo, o planeta não dispõe deste tempo).
    Menino, veja que a pecuária é o setor da porteira aberta, onde tudo pode. Pode desmatar. Pode ter gado ilegal – e na Amazônia tem pra lá de 5 milhões de bois piratas; pode matar boi no mato – e 2/3 da carne bovina que a própria Amazônia consome é ilegal!
    Fica fácil entender o desmatamento: 4/5 está associado à boiada. E a tendência é o rebanho alcançar pra lá de 200 milhões de cabeças em duas décadas .É o Brasil-grande!
    O que o Brasil propõe em relação a isto: nada! Pelo contrário, os governos locais são pró-pecuária, a legislação tributária é magnânima com o pecuarista, o BNDES e o Banco da Amazônia continuam a financiar a pecuária (e demnostram grande dificuldade em financiar o que é sustentável) e, no total, o poder público financiou R$ 34 bilhões à pecuária (Amigos da Terra, abril, 2009 – Os Donos do Gado).
    O que não fica fácil é entender porque o assunto na está na mala do Brasil quando vai para Copenhagen ou alhures. O Brasil pode definir o percentual que for, pode até transformar em lei, mas será sempre sem sentido: por que o Brasil está com a porteira aberta!
    Por que o Brasil não diz com todas as letras, grafita em todas as porteiras: “nós vamos retirar o gado da Amazônia. Nós erramos. Ainda dá tempo. Mundo: ajudem-nos com recursos e apoio.”
    Mas não. O assunto não está em pauta. Para muita gente que vive desta mesquinhez que a pecuária dá, o melhor é ficar como está, sem dados claros, porque afinal ela é uma reserva de valor, ela legitima a ocupação de terras públicas, ela pouco paga impostos…
    A pecuária bovina extensiva ocupa ¼ do Brasil. São 210 milhões de cabeças de gado (mais de 1/3 na Amazônia) pastando sobre o filé do Brasil – 200 milhões de hectares. A pecuária é responsável por mais de ¾ das queimadas anuais. São milhões de hectares, o governo não consegue calcular esta área. Sessenta milhões? Oitenta milhões de hectares anuais queimados? Ninguém ousa calcular. Isto causaria um tremendo impacto nas contas do Brasil, seria difícil de explicar
    Veja o Marajó, maior que 5 estados brasileiros, a área mais pobre da Amazônia, com IDH igual ao do sub-Sahara. Ninguém sabe qual o rebanho de búfalos ou de bois. Ninguém sabe quem é dono do que. Há muito roubo de gado, gado clandestino, abate clandestino, informalidade em tudo…
    Como então apresentar números confiáveis se não há uma base de dados. E mais, como relacionar a emissão do carbono (e de metano e outros gases) da Amazônia e das atividades agropecuárias ao próprio consumo do brasileiro? Isto porque, no caso da carne de boi, historicamente, mais de 90% se destina ao consumo interno. E quanto à agricultura, boa parte também é para o mercado interno.
    Imaginem se Copenhagen fosse no Brasil. As monótonas delegações sendo recebidas com grandes churrascadas nestes palácios do desperdício – as esfumaçadas churrascarias – símbolo do desperdício, o símbolo do Brasil, a eterna e falsa abundância. E lá fora, os meninos-da- porteira, aguardando as sobras e o troco, flanelando os carrões das delegações a estacionarem…
    E agora o Brasil quer exportar carne bovina para a China, aumentar sua penetração no Oriente Médio, e para outros mercados. O Brasil especializa-se a exportar commodities para ditaduras, e contenta-se a receber uns caramingués. A conta sai cara, mas o Brasil não apresenta a fatura, não tem nota fiscal a floresta amazônica calcinada, a água doce (que estes países não dispõem), o baixo salário dos peões de gado…
    Êta Brasil do menino-da-porteira, esperando o trocado para quem passar com sua boiada. Só que o final da história é triste. Trágico! O boi atropelou e passou por cima do menino. O Brasil ocupado pela pecuária é triste – milhões de hectares vazios de emprego, altamente concentradores de renda e gerando um passivo social e ambiental fenomenal. Esta é a história do Brasil. É a nossa tragédia conhecida e anunciada. A história que o Brasil não quer contar. Pior, e que, incrivelmente, da qual não quer se desapegar.
    Como é possível discutir sustentabilidade e responsabilidade social neste curral cercado de pastos por todos os lados? Como é possível falar em diminuir o desmatamento e as queimadas se estes são a força motriz da pecuária bovina extensiva? Como é possível apresentar números confiáveis de controle sobre gases que contribuem ao aquecimento global com a porteira escancarada?
    O que fazer então para gerar empregos, renda, segurança alimentar e justiça social na Amazônia? Certamente não será aumentando o rebanho, aumentando a quantidade de pastos. A Nova Economia deveria se lastrear nas florestas plantadas, nas florestas de alimentos bicombustíveis e florestas energéticas, nos ambientes naturais manejados com cuidado, na cobrança pelos serviços ambientais, no turismo sustentável, na inclusão das populações até agora marginalizadas. A Nova Economia deveria taxar a ineficiência, taxar a pecuária bovina, remodelar os assentamentos rurais, todos quadros desoladores, abundantes em pastos de poucos bois.
    Brasil, desce da porteira. Mostra tua cara! Vê se toma tento e leva esta boiada pra longe da Amazônia. Vê se cresce, menino. Será possível repensar o Brasil, o Brasil sem boi? O Brasil sem fome, o Brasil sem boi.
    O Brasil é o menino-da-porteira. A boiada passa. Ele recebe uns trocados. Na próxima boiada, o boiadeiro fica sabendo que o boi passou em cima do menino. Será possível mudar esta história para um final mais feliz? O final que nós queremos, e não esta conversa-para-boi-dormir?

  • João Jorge Baggio, 20 de julho de 2010 @ 22:11 Reply

    Cultura da carne, considero extremamente equivocada e muito probre em argumentação e referências a crítica feita. E um absurdo a comparação entre a indústia automobilistica e o consumo de carne. Sou atleta e fui durante anos, além de trabalhar com cinema. E a carne é um dos alimentos mais completos existentes e praticamente insubistuivel em valores nutricionais. Muito animais carnívoros comem carne sme provocar desequilibrio algum ao pleneta e ao meio ambiente. O desequilibrio vem da ganância, da necessidade do prazer imediato e da falta de bons censo utilizada para manipular as pessoas, colocando-as a serviço de quem se julga poderoso suficiente para levar a voz de todos a frente. E nada tem haver com o consumo de carne… Como sitado a pouco, é uma das melhores fontes de amoniacidos, proteínas, vitaminas e ferro fornecida pela natureza…

    Um tanto exagerado e pobre em conhecimentos biológicos e nutricionais o texto… Muitos de seus textos são excelentes e tem um ótima percepção, sobre a cultura, a arte, sua gestão.. agora relacionar consumo de carne com capitalismo desenfreado, desigualde social e problemas ambientais foi um tanto equivocado.

    • Ronaldo, 27 de julho de 2010 @ 22:04 Reply

      Caro João Jorge Baggio, já que você é atleta aí vão algumas informações para que você reflita sobre o assunto, talvez você não saiba mas Carl Lewis é vegano, Éder Jofre vegetariano e poderia encher esta página com mais nomes, quanto ao argumento de que a carne é "um dos alimentos mais completos existentes" gostaria de acrescentar que especialmente a carne humana é "insubistuivel em valores nutricionais" e por razões éticas não a consumimos, o que nós vegetarianos fazemos é apenas estender este valor ético a outros terráqueos agregado à percepção clara do tamanho do estrago feito pelo consumo de carne ao planeta, muito bem abordado pelo Leonardo.

      Da onde você colheu suas "informações nutricionais"? Já existem muitos estudos quanto à alimentação vegetariana e vegana inclusive endossados pela OMS.

      Lamento sua falta de informação,

      Um abraço,

      Atleta vegano

  • Marcio Bonesso, 21 de julho de 2010 @ 10:49 Reply

    Concordo com a preocupação do assunto, mas coloco algumas questões para o debate. Deixar de comer carne e comer mais soja, ou outros vegetais que também estão dentro de uma lógica produtivista da monocultura, que devastam com o meio ambiente da onde são plantadas (devastando bichos e demais plantas nativas), alterando a relação social camponesa também não é um problema de sustentabilidade? Não usar carro, mas usar computador e acompanhar o progresso tecnológico trocando os Hps por mais potentes, utilizando notbooks também não traz um grande problema ambiental? Como pensar em várias sociedades pré-ocidentais na qual a carne era o unico recurso alimentar, além de servir com símbolo sagrado para vários rituais de sociabilidade. Por fim, um aspecto mais arqueológico, qual o papel da proteína da carne para o desenvolvimento da nossa linhagem hominídia no planeta? Será que viraríamos homo sapiens sem a proteína da carne?
    Grande abraço para todo mundo

  • Isabel Marazina, 21 de julho de 2010 @ 12:05 Reply

    Muito bom o comentario de Joao Meirelles,realmente aportou à discussão.
    Creio que devemos separar o que significa o consumo de carne da escala industrial gigantesca que o capitalsmo exige para levar esse consumo a escalas denecesarias para o consumidor,mas muito uteis para as empresas.
    Não precissamos de mais geração de necessidades artificiais.Assim como a carne, os carros, os celulares, o enorme amontoado de lixo industrial que produzimos de forma irrefletida,empurrados por propaganda que faz da posse de objetos o remedio para as dores da vida…..parece-me que a questão pasa sobre tudo por aprender a consumir conscientemente,pensando em cada situação se ese objeto que se me oferece me convem,ou a quem convem que seja consumido.

  • Ronaldo, 21 de julho de 2010 @ 15:37 Reply

    Caro João Jorge Baggio, já que você é atleta aí vão algumas informações para que você reflita sobre o assunto, talvez você não saiba mas Carl Lewis é vegano, Éder Jofre vegetariano e poderia encher esta página com mais nomes, quanto ao argumento de que a carne é “um dos alimentos mais completos existentes” gostaria de acrescentar que especialmente a carne humana é “insubistuivel em valores nutricionais” e por razões éticas não a consumimos, o que nós vegetarianos fazemos é apenas estender este valor ético a outros terráqueos agregado à percepção clara do tamanho do estrago feito pelo consumo de carne ao planeta, muito bem abordado pelo Leonardo.

    Da onde você colheu suas “informações nutricionais”? Já existem muitos estudos quanto à alimentação vegetariana e vegana inclusive endossados pela OMS.

    Lamento sua falta de informação,
    Um abraço,
    Atleta vegano

  • Silvia, 21 de julho de 2010 @ 19:39 Reply

    Parabéns Ronaldo pela sua sensata colocação. Não como carne vermelha há quase 40 anos. Meu sobrinho nunca comeu carne de espécie alguma e está com 27 anos, forte como um touro. Acredito que somos inundados por informações falsas que nos fazem acreditar em inúmeras falácias. Presenciei a entrada triunfal da margarina como a “salvadora” daqueles que consumiam a terrível manteiga no café da manhã. Hoje sabemos que a margarina não é tão boa assim e tampouco a manteiga é tão má assim. Nos bombardearam a respeito do açucar de cana: a opção “saudável” era o ciclamato. Nem preciso me alongar sobre isso. A mesma questão com referência aos ovos. E assim por diante. Somos induzidos, através da propaganda, às tendências consumistas do Mercado, que querem nos conduzir ao que eles estão produzindo, pura e simplesmente por questões financeiras. Não há qualquer interesse na saúde.

  • Gabriel, 22 de julho de 2010 @ 18:02 Reply

    Se comer carne é errado por matar animais, oq é correto?? Soja, além de ser monocultura, durante a colheita, diversos animais nativos são triturados pelos tratores…

    Eu continuarei comendo carne, dirigindo carro e buscando conquistar sonhos de consumo capitalista, como uma grande tv LCD, celulares com conexão wifi e computadores de alta capacidade. Até alguém realmente propor e colocar em prática uma alternativa séria, ficarei assim, gostem ou não.

  • Badah, 22 de julho de 2010 @ 18:59 Reply

    Eu enxergo um desafio nesta discussão: superar as questões da identidade e buscar o real problema. Eu não acho que o problema seja comer ou não comer carne, possuir ou não possuir um carro. O conflito está na relação que desenvolvemos com o consumo ou abuso destes produtos. Precisamos parar de responsabilizar a ferramenta pelo produto, culpar a arma pelo crime.

    Com “questões da identidade” me refiro a necessidade que temos de nos reconhecermos por fora, de nos dividirmos em grupos que afirmam a nossa existencia como individuos. Pois dessa forma torna-se urgente eliminar os grupos que negam nossa existência também. E a reflexão sobre a práxis morre nesse concordo-discordo estéril.

    Acho também que essa dinâmica da identidade não é natural e é formada no seio da cultura capitalista que nos impoem a idéia de que vc é o que vc consome. Se eu sou o que consumo, e se eu consumo carne ou não, o problema permanece o mesmo.

    Este planeta não se sustenta com pessoas que só conseguem ser aquilo que consomem. Se todos consumissemos merda, a sustentabilidade do planeta continuaria igualmente em risco e estariamos discutindo a Cultura da Merda.

  • Andréa, 27 de julho de 2010 @ 16:04 Reply

    Animais não devem ser tratados como produtos. Animais são seres cheios de emoções e que sentem tanta dor e desespero quanto nós. Uma sociedade verdadeiramente civilizada tem que conceder os direitos básicos da integridade física, vida e liberdade a todos os animais sencientes.

    • Badah, 27 de julho de 2010 @ 22:47 Reply

      Plantas são seres vivos também, apenas não possuem um sistema nervoso parecido com o dos outros seres vivos em questão. Vida se alimenta de vida e seguir um código de condulta restrito ao reino animal é uma decisão moral que não resolve o problema da sustentabilidade.

      Para falarmos de sustentabilidade temos que falar de nossa relação com o ambiente como um todo. Sustentabilidade minha e dos meus iguais é insustentável. Se eu considerar somente os seres vivos que se parecem comigo, que tem emoções parecidas com as minhas, eu estarei apenas reforçando todo o fetichismo da atualidade. Desculpem-me, mas continuo achando ingênuo e perigoso relacionar vegetarianismo ou "pedestreranismo" à políticas de sustentabilidade. Acho que esses são sintomas do nosso desespero, mas não podemos nos desesperar!

      Se práxis tem a ver com consciência, reforço mais uma vez meu convite a questionarmos nossa relação com as coisas, não as coisas em si.

      Acho que este lugar onde confundimos as coisas em si com nossa relação com as coisas é exatamente para onde nossa cultura fetichista nos empurra. Neste lugar precisamos sempre consumir coisas/pessoas/idéias para nos sentirmos acolhidos por aqueles que consomem o mesmo que nós e destruir as visões de mundo contrárias. Neste lugar, nossa identidade continua ameaçada e fazemos qualquer coisa para defender uma escolha moral, inclusive chama-la de ética. Que tipo de cenário político é esse? Qual a relação disso com sustentabilidade?

      Enfim, como escapar dessa armadilha?

  • João Jorge Baggio, 19 de janeiro de 2011 @ 9:28 Reply

    Sinceramente essa discussão quanto a comer carne ou não é superficial demais, e também fico impressionado com a agressivdade da maioria dos vergetarianos, parecem tratar isso como religão…
    E mais uma vez: a carne é consumida por animais, e pelo ser humano a milhares de anos e os problemas do capitalismo e da sociedade passam muito longe dessa discussão.
    Tem uma música interessante que vi a pouco tempo ironizando essa posição as vezes xiita de alguns vergetarianos, se chama Convertering Vergetarians.
    As mudanças necessárias para um mundo melhor passam longe da existencia ou não deste hábito.
    E ainda por cima biológicamente as carnes são as melhores fontes de proteínas e aminoacidos essênciais fornecida pela natureza aos seres vivos.

  • Asciudeme, 25 de setembro de 2011 @ 22:14 Reply

    Leonardo, respeito a sua opinão.
    Sou um autêntico churrasqueiro. Como
    carne todos os dias e gozo de excelente saúde.
    Acredito que uma mente sempre otimista e a vida
    sempre encarada com bom humor é um santo remédio.
    Respeito todos os vegetarianos, pois também como
    saladas todos os dias e não dispenso uma cervejinha.

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