A recém-promulgada Convenção sobre a proteção e a promoção da diversidade das expressões culturais no âmbito da Unesco é a consolidação de uma luta histórica contra a homogeneização cultural promovida por um oligopólio formado por estúdios de Hollywood e seus grupos empresariais, que reúnem conglomerados de mídia e fabricantes de equipamentos eletrônicos. Financiados por outros cartéis, como a indústria financeira, essa cultura de consumo favorece setores como automobilístico, tecnologia, luxo, moda e tabaco.

Encampado por organizações socioculturais, produtores independentes organizados em coalizões e redes por todo mundo, o movimento encontrou abrigo em países como a França, Canadá, Suécia e Brasil, que sentem os efeitos do estrangulamento cada vez mais visível de suas culturas locais, com o domínio dos meios de comunicação e difusão cultural nas mãos desses conglomerados multinacionais.

A Convenção consolida outras pautas urgentes das sociedades contemporâneas, como a cultura de paz e o respeito das diferenças culturais, a sobrevivência das culturas autóctones, suas formas de vida, fazeres, economias e línguas, em oposição a um projeto global único, que pretende incluir todos os habitantes economicamente ativos do planeta, com metas de crescimento cada vez mais elevadas.

O curso DIVERSIDADE CULTURAL busca compor um cenário positivo e fértil para tratar do assunto, como uma das grandes pautas sociais do novo milênio, oferecendo subsídios concretos para apropriação de um glossário fundamental para a construção e consolidação de democracias multiculturais.

Coordenado por Leonardo Brant, o curso recompõe sua experiência como ativista da linha de frente deste movimento. Além de organizador do livro Diversidade Cultural – Globalização e culturas locais: dimensões, efeitos e perspectivas, o pesquisador e consultor foi vice-presidente da International Network for Cultural Diversity, atuante em mais de 60 países e uma das organizações protagonistas no processo de construção da Convenção, promulgada em março de 2007. Brant participou de encontros e seminários na África do Sul, Argentina, China, Croácia, Holanda, França e Senegal como conferencista e ativista da área. É fundador do Instituto Diversidade Cultural – Divercult, organização voltada para a cooperação internacional em diversidade cultural, com sede na Espanha.

O curso é parte do programa de formação denominado O Poder da Cultura, que inclui rede sociocultural e sistema de gestão coletiva de conhecimentos. A partir de exposições e diálogos, constitui cenários inovadores, favoráveis à discussão da cultura em sua função pública.
Conteúdo

:: Direitos e liberdades culturais

:: Globalização e culturas locais

:: Diversidade Cultural no Brasil

:: Democracia Audiovisual

:: Cooperação Internacional

O programa inclui

:: ambiente de troca de experiências

:: aulas teóricas e discussões de casos

:: sessões de audiovisual seguidas de debate

:: seminários com convidados e participantes

:: material didático exclusivo

:: textos e referências bibliográficas

:: interface web para discussão dos temas apresentados em aula

:: certificado de conclusão

Com o objetivo de

:: apresentar novos paradigmas conceituais relacionados às políticas culturais

:: identificar e fomentar um ambiente democrático de discussão e construção de políticas culturais

:: explorar os cenários nacional e internacional

:: propor aplicabilidade a esse arsenal de conhecimento

O PODER DA CULTURA

>> de 7 de outubro a 4 de novembro de 2009

>> às quartas-feiras, das 19h às 22h

>> próximo ao metrô Sumaré (São Paulo)
VAGAS LIMITADAS!

Realização: Brant Associados

Parceria: Mais Diferenças

Informações e inscrições: opoderdacultura@gmail.com


contributor

Jornalista e colaborador de Cultura e Mercado.

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