Para entender o conceito de cidade criativa, deve-se levar em conta as suas principais características: as inovações em sentido amplo (tecnológicos, sociais e culturais) e seu constante processo de mudança; as conexões entre pessoas e espaços, permitindo transformar continuamente a estrutura econômica, com base na criatividade dos seus habitantes e em uma aliança de suas vocações econômicas e culturais; e a cultura como forma de ancorar a singularidade de uma cidade e sua contribuição econômica.
“A economia criativa surge precisamente como uma reação a um mundo em que os produtos e serviços estão cada vez mais ‘estandarizados’. Com isso, a criatividade humana torna-se um ativo econômico fundamental. O mesmo acontece com as cidades. Em um momento em que se estima que o número de turistas chegará a 1,6 bilhão em 2020, as cidades procuram se diferenciar”, explica a especialista Ana Carla Fonseca Reis, que estará no Cemec dias 7 e 8 de fevereiro para mais uma edição do curso Cidades Criativas.
Segundo ela, alguns tentam se diferenciar buscando ser o que não são (a síndrome do “eu quero ser Barcelona”), o que não se sustenta. “Nada menos criativo do que copiar. Outras cidades se diferenciam olhando pra dentro e buscando os aspectos mais singulares que as representam. Essa sim é uma estratégia criativa”, afirma.
O curso Cidades Criativas mostra que as soluções para os problemas estruturais da sociedade, da economia, da cultura e das cidades exigem novos olhares – e os aponta. A partir da análise de casos práticos de países diversos, o aluno é levado a mergulhar em cidades de escalas, histórias e contextos dos mais diversos, todas buscando se reinventar.
“O grande desafio é criar as condições para a formação desse ambiente, atiçar novos olhares e posturas e transvasar a criatividade que ferve em alguns espaços e clusters, para contagiar a cidade como um todo”, diz a professora.
Para isso, ela falará sobre tendências urbanas, turísticas e comportamentais; espaços e clusters; cultura e transformação urbana: de projetos “na cidade” para processo “da cidade”, passando por festivais, Copa, Olimpíadas e museus internacionais.
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