O curta-metragem brasileiro vem encontrando na televisão uma vitrine em expansão, num momento em que atingiu uma produção recorde. Segundo reportagem do jornal O Globo, cerca 700 novos títulos no formato foram rodados desde 2011.
Esse contingente agora pode escoar por emissoras antes restritas a conteúdo estrangeiro, como Universal Channel, Studio Universal e SyFy, que hoje vêem o curta como produto estratégico, a fim de satisfazer a demanda da lei 12.485.
Produções de até 25 minutos contam agora com um canal, no ar desde 1º de novembro, que as tratam como atração principal: Curta!, presente em operadoras como Net (canal 113), Claro TV (69) e Oi TV (76).
“Os curtas são de mais fácil contextualização para contornar o que venho chamado de um potencial ‘choque estético visual’ entre, por exemplo, seriados americanos e obras audiovisuais brasileiras independentes, pois estas, em sua maioria, carregam uma personalidade bastante particular”, diz o diretor da emissora, Julio Worcman, fundador do Porta Curtas, portal eletrônico criado há 10 anos para catalogar e exibir filmes no formato
O Universal é o canal de conteúdo estrangeiro que mais vem promovendo o ingresso de curtas em sua grade, iniciado em setembro. Há espaço para o formato em sua programação, na sessão Universal Curtas, toda sexta-feira, às 18h, idealizada a partir de uma parceria curatorial com o Canal Brasil.
“Boas histórias e grandes personagens cabem em qualquer formato. Desde a estreia deste novo espaço, a reação do público foi muito positiva. Os curtas já estão entre os 15 programas mais assistidos do canal”, diz André Auler, gerente de programação do Universal.
Na TV aberta, os curtas também encontram um lar, tendo como principal vitrine a TV Brasil. Semanalmente, o formato ganha espaço nos programas “Animania”, aos sábados, às 17h30m, e “Curta TV”, no mesmo dia, à 0h15m.
Mas apesar da ampliação do espaço na telinha, cineastas e produtores militantes do formato ainda esperam que volte a ser cumprido o artigo 13 da lei 6.281/75, a chamada Lei do Curta. Criada há 37 anos, ela determina que as salas de exibição apresentem um curta-metragem nacional antes de cada longa-metragem estrangeiro.
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*Com informações do site do jornal O Globo