Mais de dez anos após o lançamento do Napster, uma marco na história da cultura digital, gravadoras e artistas ainda tentam assimilar os impactos do consumo de entretenimento on-line. A dificuldade de transferirem sua influência do off-line para a web se mantém.
Contrário à gratuidade, o cantor e compositor Roberto Frejat afirma que a permissão é um desrespeito. Frejat também aponta os casos em que compositores vivem somente dos direitos autorais sobre suas produções. Para ele, a falta de discussão sobre o assunto entre artistas e gravadoras permitiu o crescimento da pirataria.
O compositor também é pessimista quanto à mudança de comportamento da sociedade frente à facilidade do download gratuito. “Viemos de uma relação onde as pessoas pagavam para comprar música e de repente parou-se de pagar. Vai demorar muito para as pessoas voltarem se acostumar ou reconhecer que têm que pagar para os compositores”.
A banda pernambucana Mombojó, por sua vez, ficou famosa por oferecer desde o lançamento do primeiro disco, em 2004, a possibilidade dos fãs baixarem suas músicas gratuitamente. Para o grupo, esta é a forma de divulgação mais efetiva. Segundo ele, permitir o download na internet é se moldar ao novo estilo do mercado musical.
Ed Motta vai na mesma linha dos pernambucanos. Na visão dele, sites que permitem downloads de suas obras ajudam a resgatar o passado. Motta diz ter uma visão inocente de que a arte foi feita para as pessoas e não exatamente para ganhar dinheiro. “O download traz essa democracia cultural”, ressalta.
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*Fonte: Folha de S.Paulo (Melina Cardoso)
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