O encalhe de ingressos de grandes atrações pode mudar o mercado de shows no Brasil, segundo matéria do jornal O Globo. Após problemas para lotar os shows de Lady Gaga no Brasil, a Time For Fun anunciou uma “cota especial” com valor 44% abaixo do oferecido originalmente para as apresentações de Madonna.
Entre setembro e quinta-feira passada, as ações da produtora caíram de R$ 17 para R$ 10 na bolsa de valores. No mesmo período, seu valor de mercado foi de R$ 1,2 bilhão para R$ 700 milhões. Segundo especialistas, é, em parte, fruto tanto do desinteresse do público pelas megaturnês de cantoras populares quanto da perda do Cirque du Soleil para Eike Batista.
Enquanto isso, produtores tentam entender a situação estabelecida no Rio e remediar o problema. Aparentemente o carioca não tem dinheiro ou vontade de acompanhar shows com entradas que rondam os R$ 750 (valor cobrado pela entrada inteira na pista premium de Lady Gaga e Madonna).
“A meia-entrada e a carga tributária, que leva 40% do valor do ingresso, são sempre culpadas. Mas há outros fatores também. O cachê dos artistas costuma subir quando vêm ao Brasil, seja porque estão longe, seja porque sabem que a economia vai bem. Também vivemos um acúmulo de shows no segundo semestre do ano, e ninguém tem R$ 1.500 (valor para um casal) para gastar todo fim de semana. Então, seleciona bem. Depois tem a frequência com que esses cantores têm passado por aqui”, afirma Gladston Tedesco, do Grupo Tom Brasil.
Uma solução, segundo ele, seria financiar a venda dos ingressos. “Com Chico Buarque e Marisa Monte, parcelamos os ingressos em três vezes e negociamos que o cachê seria pago aos poucos também. Isso é mais difícil num cenário internacional, mas é um caminho.”
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*Com informações do site do jornal O Globo